Uma simples opinião sobre um tema não tão simples assim....
Por Jefferson Souza

“Voz dissidente na Igreja Católica” é esta frase que o Jornal Espanhol “El Pais” (ed. 25/07/2013) chama Leonardo Boff, o mais expressivo teólogo da libertação no Brasil e um dos mais importantes na América Latina, depois se seu fundador, Padre Gustavo Gutierrez. A breve entrevista de Boff ao periódico no auge da visita do Papa ao Brasil por ocasião da JMJ Rio 2013, reinflamou os debates sobre a catolicidade da Teologia da Libertação e a forte tentativa de seus teo-ideólogos de que o Papa Francisco é uma nato adepto da doutrina por conta de sua visão eclesial e amor aos pobres. É bem verdade que a pobreza é tema fortemente presente nos discursos de Francisco, possivelmente até se espera uma Encíclica sobre o tema, contudo a Santa Sé reitera constantemente que o Santo Padre não é adepto da Teologia da Libertação e que o fato do Prefeito para a Congreção para a Doutrina da Fé, Gerhard Ludwig Müller , amigo pessoal de Gutierrez, oportunizar um encontro privado, ocorrido em 11 de setembro corrente, entre o Papa e o fundador, não significa uma reabilitação da teologia na Igreja e muito menos um posicionamento contrário ao Magistério de João Paulo II e de Bento XVI que condenaram-na.
Contudo, agora a opinião de Leonardo Boff deixa claro novamente que humildade não faz parte de seu vocabulário. Seria esta uma ótima oportunidade de “silênciar”, aliás, quando a Igreja propos isso a ele o que ele fez?! Demonstrar que dentro de si e de sua teologia há o “amor a Igreja pobre” na expectativa de uma possível avaliação da TL no pontificado de Francisco.
Sim, penso dessa forma. Seria possível uma reabilitação. Francisco já falou de diversas vezes em misericórdia. O gesto seria o sinal de que a Igreja é Mãe e não “madrasta” como costuma afirmar pejorativamente o ex-frei já que tanto as madrastas, em sua grande maioria não são bruxas como nos contos de fadas e na mente de Boff, como ao se referir a Igreja neste sentido.
Explico-me, exemplificando com o humilde Bento XVI que renunciou o trono de Pedro pelo bem da Igreja, ao contrário de Boff que orgulhosamente se opôs a obedecê-la com a mesma intenção do Papa emérito. De fato, Bento XVI, estreitou laços com os Tradicionalistas, de modo especial sonhou a comunhão total dos Lefvrebianos com Roma dialogando, revogando a excomunhão dos bispos e seus seguidores, criando a comissão Ecclesia Dei, para estudar até mesmo a possibilidade de uma jurisdição própria dentro da Igreja do grupo cismático...mas seus esforços (e sonho) ainda não foram o suficiente. Os Tradicionalistas possuíam (e acredito que possuem) uma grande admiração por Raztinger, sobretudo, seu zelo litúrgico (permitam-me a brincadeira “os tradicionalistas pira!”). Mas...os últimos embates e entraves se deram dentro da própria Fraternidade. Bento XVI nunca foi tachado de “Tradicionalista”, embora o tenham estigmatizado na mídia secular como “Conservador”.
Nesta linha de raciocínio, penso eu, que com os teólogos da libertação e Francisco é a mesma coisa. Não é correto de maneira nenhuma afirmar que Francisco seja um “Tlcista”, mas não seria ele o sinal profético de como se faz uma teologia CATÓLICA verdadeiramente libertadora sem cair no erro da heresia ou mesmo de deixar-se influenciar pelo Marxismo Cultural? Não darei a resposta, mas deixo a reflexão para o debate.
Contudo, os últimos acontecimentos evidenciam que a resposta certa para a TL é um “Não” de forma positiva. Sem contradizer-me, explico: Uma mãe pode dizer ao filho “não mexa nisso senão vai levar uma surra”, de forma negativa a mãe zelosa pelo filho o proíbe de danificar ou quebrar algo. Mas uma mãe também pode dizer a mesma coisa de forma positiva, “filho, isso, aquilo, este ou esta é importante para nós, se você o danificar nós o perderemos.” Este é um “Não positivo!”, é assim que Francisco trata das coisas. Ele não irá reabilitar a Teologia da Libertação enquanto os seus teo-ideologos não reabilitarem a si próprios na Igreja, sua comunhão e obediência a ela. Tal como os Tradicionalistas citados no caso com Bento XVI, depende mais deles do que de Francisco.
As opiniões de Boff sempre causam grandes confusões na Igreja. As atitudes de Francisco sempre surpreendem a Igreja. Eu particularmente prefiro ser surpreendido por Francisco. Sabemos o que Francisco pensa a respeito da Teologia da Libertação, e pelo pouco que sou capaz de reconhecer, é completamente coerente às opiniões do Beato João Paulo II e do Papa emérito Bento XVI em seus respectivos pontificados. Na voz do Substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, Dom Angelo Becciu “"nunca aceitou a teologia da libertação entendida no sentido ideológico e foi severo com os que queriam transformar a Igreja em uma ONG. Isto o leva a gritar com mais autoridade contra as injustiças do capitalismo selvagem" e que "a verdadeira teologia da libertação é a que também a Igreja adotou e aprovou: a teologia em que Deus está em primeiro lugar e busca defender os pobres fazendo-se expressão da solidariedade e do esforço dos católicos". .(ACI Digital, 24/09/2013).
O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Müller, também deixou já claro que momento é este entre Francisco e os pais da teologia da libertação. Afimou que "O Santo Padre sabe algumas discussões entre as diferentes às que há na teologia da libertação, mas queremos superar algumas tensões na Igreja, se for possível, sobre a base da doutrina da Igreja, e queremos expulsar algumas pessoas que têm diferentes vínculos teológicos" (ACI digital 20/09/2013).
O fato de Dom Muller, simpatizar Gutierrez e defender os elementos católicos da TL, o vaticanista Sandro Magister, durante o encontro com os sacerdotes da diocese de Roma (Itália), em 16 de setembro, o Papa Francisco se distanciou do Arcebispo Müller no tema da teologia da libertação. Na mesma matéria segue que “"Ao formular uma das cinco perguntas direcionadas ao Papa e ao falar da centralidade dos pobres na pastoral, um sacerdote se referiu positivamente à teologia da libertação e à posição compreensiva em relação a esta teologia, do Arcebispo Gerhard Müller", relata Magister. Mas, "ao ouvir o nome do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Papa Francisco não permitiu concluir a pergunta e disse: ‘isso pensa Müller, isso é o que ele pensa’", escreveu o vaticanista italiano.”
Durante o seu habitual programa radial há algumas semanas, o Arcebispo de Lima e Primaz do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, abordou o tema do Pe. Gustavo Gutiérrez, e afirmou que ainda é necessária uma correção nos escritos do pai da Teologia da Libertação e consequentemente seus ensinos e seguidores, como Leonardo Boff.
Contudo, agora a opinião de Leonardo Boff deixa claro novamente que humildade não faz parte de seu vocabulário. Seria esta uma ótima oportunidade de “silênciar”, aliás, quando a Igreja propos isso a ele o que ele fez?! Demonstrar que dentro de si e de sua teologia há o “amor a Igreja pobre” na expectativa de uma possível avaliação da TL no pontificado de Francisco.
Sim, penso dessa forma. Seria possível uma reabilitação. Francisco já falou de diversas vezes em misericórdia. O gesto seria o sinal de que a Igreja é Mãe e não “madrasta” como costuma afirmar pejorativamente o ex-frei já que tanto as madrastas, em sua grande maioria não são bruxas como nos contos de fadas e na mente de Boff, como ao se referir a Igreja neste sentido.
Explico-me, exemplificando com o humilde Bento XVI que renunciou o trono de Pedro pelo bem da Igreja, ao contrário de Boff que orgulhosamente se opôs a obedecê-la com a mesma intenção do Papa emérito. De fato, Bento XVI, estreitou laços com os Tradicionalistas, de modo especial sonhou a comunhão total dos Lefvrebianos com Roma dialogando, revogando a excomunhão dos bispos e seus seguidores, criando a comissão Ecclesia Dei, para estudar até mesmo a possibilidade de uma jurisdição própria dentro da Igreja do grupo cismático...mas seus esforços (e sonho) ainda não foram o suficiente. Os Tradicionalistas possuíam (e acredito que possuem) uma grande admiração por Raztinger, sobretudo, seu zelo litúrgico (permitam-me a brincadeira “os tradicionalistas pira!”). Mas...os últimos embates e entraves se deram dentro da própria Fraternidade. Bento XVI nunca foi tachado de “Tradicionalista”, embora o tenham estigmatizado na mídia secular como “Conservador”.
Nesta linha de raciocínio, penso eu, que com os teólogos da libertação e Francisco é a mesma coisa. Não é correto de maneira nenhuma afirmar que Francisco seja um “Tlcista”, mas não seria ele o sinal profético de como se faz uma teologia CATÓLICA verdadeiramente libertadora sem cair no erro da heresia ou mesmo de deixar-se influenciar pelo Marxismo Cultural? Não darei a resposta, mas deixo a reflexão para o debate.
Contudo, os últimos acontecimentos evidenciam que a resposta certa para a TL é um “Não” de forma positiva. Sem contradizer-me, explico: Uma mãe pode dizer ao filho “não mexa nisso senão vai levar uma surra”, de forma negativa a mãe zelosa pelo filho o proíbe de danificar ou quebrar algo. Mas uma mãe também pode dizer a mesma coisa de forma positiva, “filho, isso, aquilo, este ou esta é importante para nós, se você o danificar nós o perderemos.” Este é um “Não positivo!”, é assim que Francisco trata das coisas. Ele não irá reabilitar a Teologia da Libertação enquanto os seus teo-ideologos não reabilitarem a si próprios na Igreja, sua comunhão e obediência a ela. Tal como os Tradicionalistas citados no caso com Bento XVI, depende mais deles do que de Francisco.
As opiniões de Boff sempre causam grandes confusões na Igreja. As atitudes de Francisco sempre surpreendem a Igreja. Eu particularmente prefiro ser surpreendido por Francisco. Sabemos o que Francisco pensa a respeito da Teologia da Libertação, e pelo pouco que sou capaz de reconhecer, é completamente coerente às opiniões do Beato João Paulo II e do Papa emérito Bento XVI em seus respectivos pontificados. Na voz do Substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, Dom Angelo Becciu “"nunca aceitou a teologia da libertação entendida no sentido ideológico e foi severo com os que queriam transformar a Igreja em uma ONG. Isto o leva a gritar com mais autoridade contra as injustiças do capitalismo selvagem" e que "a verdadeira teologia da libertação é a que também a Igreja adotou e aprovou: a teologia em que Deus está em primeiro lugar e busca defender os pobres fazendo-se expressão da solidariedade e do esforço dos católicos". .(ACI Digital, 24/09/2013).
O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Müller, também deixou já claro que momento é este entre Francisco e os pais da teologia da libertação. Afimou que "O Santo Padre sabe algumas discussões entre as diferentes às que há na teologia da libertação, mas queremos superar algumas tensões na Igreja, se for possível, sobre a base da doutrina da Igreja, e queremos expulsar algumas pessoas que têm diferentes vínculos teológicos" (ACI digital 20/09/2013).
O fato de Dom Muller, simpatizar Gutierrez e defender os elementos católicos da TL, o vaticanista Sandro Magister, durante o encontro com os sacerdotes da diocese de Roma (Itália), em 16 de setembro, o Papa Francisco se distanciou do Arcebispo Müller no tema da teologia da libertação. Na mesma matéria segue que “"Ao formular uma das cinco perguntas direcionadas ao Papa e ao falar da centralidade dos pobres na pastoral, um sacerdote se referiu positivamente à teologia da libertação e à posição compreensiva em relação a esta teologia, do Arcebispo Gerhard Müller", relata Magister. Mas, "ao ouvir o nome do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Papa Francisco não permitiu concluir a pergunta e disse: ‘isso pensa Müller, isso é o que ele pensa’", escreveu o vaticanista italiano.”
Durante o seu habitual programa radial há algumas semanas, o Arcebispo de Lima e Primaz do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, abordou o tema do Pe. Gustavo Gutiérrez, e afirmou que ainda é necessária uma correção nos escritos do pai da Teologia da Libertação e consequentemente seus ensinos e seguidores, como Leonardo Boff.
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