quinta-feira, 9 de agosto de 2012

RCC se prepara para Jubileu de Ouro

Um Novo Pentecostes para uma Nova Evangelização
Por RCC Brasil e ICCRS

Em 2017, a Renovação Carismática Católica comemora o seu Jubileu de Ouro. Nesta ocasião, serão celebrados os 50 anos do chamado retiro de Duquesne, fato que desencadeou o Movimento no mundo.
De forma a marcar esta importante marca, os Serviços para a Renovação Carismática Católica Internacional (ICCRS) prepararam um projeto que inclui uma série de iniciativas em torno desse momento. Conheça a visão do ICCRS sobre o Jubileu e os passos que integrarão a celebração dos 50 anos da RCC.
As etapas são bienais, ou seja, a cada dois anos, e tem atividades e objetivos específicos. Veja abaixo.

2012-2013
Martyria
Acendendo a Chama
“Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.” (Rm 12, 1-2)
Prioridade: Foco na Identidade da RCC
Palavras-chave: Acendendo a chama + Martyria + Renovação + Batismo no Espírito Santo + Evangelização
Eventos do ICCRS: Encontro Mundial de Jovens – Brasil 2012 + Consulta Profética – Jerusalém 2013
Tarefas: Apresentar mais pessoas à experiência do Batismo no Espírito Santo + Passar o fogo para a juventude
2014-2015
Koinonia
Inflamando a Chama
“Por esse motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria.” (2Tm 1, 6-7)
Prioridade: Foco na Maturidade da RCC
Palavras-chave: Mantendo e espalhando a Chama + Koinonia + Carismática + Formação
Eventos do ICCRS: Evento internacional – Uganda 2014 + Retiro internacional para sacerdotes – Roma 2015
Tarefas: Encorajar pessoas + Liberação dos carismas + Promover a maturidade eclesial + Proteger a Renovação e corrigir erros
2016-2017
Diakonia
Espalhando a Chama
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor.” (Lc 4, 18-19)
Prioridade: Foco na Influência da RCC
Palavras-chave: Inflamar a chama + Diakonia + Católica + Cultura de Pentecostes + Missão e Evangelização
Eventos do ICCRS: Jubileu de Ouro da RCC – Roma 2017
Tarefas: Mover-se em missão e evangelização + Servir à Igreja + Promover a Cultura de Pentecostes + Transformar a sociedade
Saiba mais sobre o processo celebrativo do Jubileu no site do ICCRS. 
Clique no link para baixar um panfleto com informações sobre esta visão proposta pelo ICCRS para a RCC mundial:


Ano da Fé 2012 - 2013

Santa Sé divulga programação 
Por Rádio Vaticano
 
“Reforçar os alicerces espirituais de todas as comunidades” – este é um dos auspícios do presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização para o Ano da Fé, que a Igreja Católica vai celebrar entre 11 de outubro próximo e 24 de novembro de 2013.

Em artigo publicado no jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, o Arcebispo Dom Rino Fisichella defende que o evento deverá assinalar a “grandeza do crer” e mostrar ao mundo “os motivos” que estão por trás da fé em Cristo: “A fé deve ser repensada e vivida” e não pode se limitar a uma “monótona repetição de fórmulas ou celebrações”. Na base de toda a ação católica deve estar a convicção, a escolha consciente, “sustentada por um confronto com a verdade sobre a própria vida” – continua, concluindo que “saber explicar isso permite aos fiéis serem novos evangelizadores num mundo que se transforma”.

Idealizado pelo Papa Bento XVI para assinalar o 50º aniversário do Concílio Vaticano II (1962-1965) e relançar o anúncio do Evangelho na sociedade contemporânea, o Ano da Fé é visto pela Igreja Católica como uma oportunidade de levar as pessoas a “encontrarem-se com a pessoa viva de Jesus Cristo que muda e transforma a vida”.

A primeira atividade associada ao Ano da Fé será uma edição da iniciativa “Pátio dos Gentios” em Assis, Itália, no dia 6 de outubro. Com tema “Deus, esse desconhecido”, o encontro entre crentes e não crentes antecipará a abertura oficial do Ano.

Na sequência, de 7 a 28 de outubro, haverá a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre “Nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. No dia 11, Bento XVI presidirá a solene abertura do Ano da Fé na Praça São Pedro, ao lado dos participantes do Sínodo e dos presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo.

Quinta, dia 12 de outubro, a Igreja de Jesus, no centro de Roma, vai hospedar uma sessão cultural e artística sobre “A fé de Dante”. Será apresentado o canto XXIV do Paraíso da Divina Comédia, que descreve a profissão de fé do poeta italiano.

Domingo 21 de outubro, Bento XVI canonizará seis mártires e testemunhas da fé: um missionário jesuíta mártir em Madagascar; um catequista leigo, martirizado nas Filipinas; um padre testemunha da fé na educação dos jovens; uma religiosa que testemunhou a fé no leprosário da ilha de Molokai; uma outra religiosa, espanhola; uma leiga indiana convertida à fé católica; e uma leiga da Baviera, testemunha do amor de Cristo no leito de sofrimento.

De 20 de dezembro até maio seguinte, haverá no Castelo Santo Ângelo uma exposição sobre o Ano da Fé. Em 2013, nos dias 25 e 26 de fevereiro, em Roma um congresso internacional debaterá o tema “São Cirilo e São Metódio entre os povos eslavos”.

Em 18 de maio, a vigília de Pentecostes será presidida pelo Papa com a participação dos Movimentos eclesiais. No dia 2 de junho, Corpo de Deus, o Papa presidirá a solene adoração eucarística e em todo o mundo, nesse mesmo dia, dioceses, paróquias e outras comunidades são convidadas a promover adorações. Em 22 de junho, um grande concerto na Praça de São Pedro vai celebrar o Ano da Fé.


Logo depois, a Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro, prevê a participação do Papa. Dia 29 de setembro, Jornada dos Catequistas, Bento XVI recordará 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

Em 13 de outubro de 2013, o Papa presidirá uma celebração em honra de Nossa S
enhora, com a participação das associações marianas, e no dia 24 de novembro, está marcada a celebração conclusiva do Ano da Fé.

Católicos: conheçam critérios para escolha dos candidatos

Conferencia Nacional dos Bispo do Brasil orienta eleitores
Por CNBB
 
As eleições municipais se aproximam e, com elas, um dos mais importante exercício de cidadania, o voto. Por isso a diocese de Camaçari (BA), a partir da orientação apresentada pela Doutrina Social da Igreja, apresenta aos membros das famílias brasileiras, em especial as católicas, alguns critérios de vida e família na escolha dos candidatos.
A partir da tarefa específica de orientar os cristãos para julgar a situação social, política e econômica no qual estão inseridos, no texto a seguir composto por dom João Carlos Petrini, são descritos critérios para a participação política dos cristãos, necessários para a escolha dos candidatos para as próximas eleições.
Leia o texto na íntegra:

 Eleições Municipais - 2012

1. A promoção da família
A família é o primeiro lugar no qual a pessoa tem a possibilidade de crescer, realiza sua humanidade, encontra terreno para o seu pleno desenvolvimento. A família nasce da liberdade das pessoas e corresponde ao desígnio de Deus. O amor humano, vivido na plena reciprocidade de afetos e de responsabilidade, alcança sua plenitude quando se funda no sacramento do matrimônio e dá vida a um vínculo entre o homem e a mulher que se amam, que tem dimensão pública, estável, fiel, é aberto a gerar vida e a acolhê-la, protegido pela indissolubilidade, alimentado pela presença de Jesus Cristo morto e ressuscitado.

A família expressa a maior cooperação entre os sexos e entre as gerações, pois seus membros vivem o dom sincero de si até com sacrifício próprio para o bem do outro, imitando Jesus que se doa a nós até o fim, experimentando a mais intensa comunhão entre pessoas, conforme a imagem da Santíssima Trindade. Por isso, a família difunde no seu interior e ao seu redor um clima de cuidados e de solidariedade, constituindo assim o maior recurso para a pessoa e para a sociedade.

A Igreja se preocupa com a forte tendência da cultura atual que não mais valoriza o dom de si para o bem do outro, antes, dá o privilégio ao bem estar individual, até mesmo com sacrifício de outros, como documenta a decisão do STF que privilegia o bem estar da mãe, sacrificando a vida do seu bebê portador de anencefalia. Esta tendência transborda os limites jurídicos, torna-se mentalidade comum e está na origem da maioria dos conflitos familiares, das agressões, das violências, do descaso. A família constroi um estilo de vida que promove a solidariedade e a paz, e isto é de interesse de toda a sociedade. Por isso, ela merece ser protegida e não descaracterizada pelo Estado como acontece quando qualquer união com base afetiva é a ela equiparada, mesmo faltando as características que a identificam.

2. A liberdade de educação
É o princípio que afirma a liberdade dos pais de educarem os filhos na visão que, a seu juízo, mais desenvolve a pessoa humana. Trata-se da defesa da liberdade para todos. Todos têm o direito de fazer crescer os filhos dentro de uma determinada visão que contém una riqueza de valores, de cultura e de perspectivas de desenvolvi¬mento.

Quando escolas públicas ou privadas se arrogam o direito de dar uma “formação” contrária aos interesses dos pais, como no caso de equívocas orientações no campo da sexualidade, os pais têm o direito garantido pela Constituição e o dever de reivindicar com todos os meios legais que que seja respeitada a educação que eles querem para seus filhos. Os cató-licos, defendendo a liberdade de educação prestam serviço a todos os pais. Trata-se de uma luta pela afirmação e pelo desenvolvimento de uma identidade cultural que constitui, juntamente com outras identidades, o tecido do povo. O verdadeiro pluralismo democrático consiste na convivência de várias identidades culturais, no respeito pela diversidade.

3. A liberdade religiosa
É a síntese de todas as liberdades e afirma o Estado laico como verdadeiramente democrático quando respeita todas as identidades, sem o viés autoritário que quer eliminar algumas. Quando essa liberdade é reconhecida, a pessoa é respeitada em sua prioridade. É um princípio que garante à pessoa a possibilidade de seguir o caminho que considera mais oportuno para realizar seu destino. Por isso a Igreja se empenha pela liberdade de todas as experiências religiosas.Um Estado que reconhece a liberdade religiosa, defende todas as outras liberdades, porque respeita o que dá sentido à vida do outro.

No contexto da liberdade religiosa, torna-se de fundamental importância o ensino religioso nas escolas públicas. Os adolescentes constituem o segmento da população que vive em mais alto risco, pois eles se encontram numa situação em que não estão mais sob a autoridade dos pais e ainda não dispõem de maturidade suficiente para orientar autonomamente suas vidas para o bem. A ausência de grandes ideais e valores os deixa vulneráveis a propostas portadoras de destruição e morte. O ensino religioso é o caminho para que sejam ajudados a crescer tendo metas e objetivos positivos para a existência e a elaborar um projeto de vida construtivo de sua pessoa e do bem para a sociedade.
4. Os princípios de solidariedade e de subsidiariedade
O princípio de solidariedade fomenta uma cultura na qual as pessoas, as famílias as associações, o mercado e Estado ficam atentos aos desfavorecidos e cooperam entre si para atender suas necessidades. Desde a Rerum novarum até a Centesimus annus e a Caritas in Veritate, o juízo da Igreja é que a atenção de toda a sociedade esteja voltada para oferecer oportunidades de trabalho e fontes de subsistência a pessoas e grupos menos favorecidos, numa autêntica opção preferencial aos pobres. Os documentos da Igreja afirmam que fortalecer a solidariedade e agir de acordo com ela é uma obrigação do Estado (cf. Laborem exercens, n° 8).
O princípio de subsidiariedade foi expresso claramente na Quadragésimo anno, de Pio XII (1931). Afirma-se que o estado deve respeitar as competências prioritárias das pessoas, das famílias e dos grupos intermediários. Uma realidade maior (o Estado) não pode se substituir ao que deve e ao que pode fazer uma realidade menor (as famílias e agregações sociais intermediárias, outros organismos). Ao lado da família, desenvolvem-se agregações e entidades intermediárias, por exemplo, as associações de famílias; trata-se de conjuntos de pessoas e famílias que têm em comum uma visão da realidade e objetivos concretos.

A sociedade não é feita de gente anônima, mas de pessoas que enfrentaram junto desafios, calamidades, quer naturais, quer sociais e políticas (inundações, secas, miséria e fome, restrições das liberdades democráticas) que têm laços de cultura, de religião, com valores e metas partilhados que remetem à experiência de povo, configuram o pertencer ao povo. Se uma coisa pode ser feita pela família ou por esses corpos intermediários, o Estado não deve se colocar no lugar deles e, ao mesmo tempo, deve subsidiar esses grupos para que sejam facilitados em suas responsabilidades. Este princípio é a maior garantia contra toda forma de totalitarismo.

O princípio de subsidiariedade é contrário tanto ao estatalismo (o Estado sabe tudo, faz tudo, resolve tudo) quanto ao Estado liberal que não se ineteressa em cuidar das necessidades do povo. O princípio da subsidiariedade valoriza a criatividade, a comunhão e a participação das pessoas. Na Doutrina Social da Igreja, a função do Estado é de promover o "Bem Comum" oferecendo os meios para o desenvolvimento das pes¬soas e das agregações sociais que nascem das pessoas.

Considerações
Com estas observações indicamos alguns pontos de reflexão e conduta para não ficarmos passivos diante das circunstâncias sociais e políticas e para julgarmos, segundo a Doutrina Social da Igreja, o que está acontecendo na realidade brasileira. O fazer política não começa quando se entra nas questões partidárias ou técnico-fïnanceiras, mas quando se vive de acordo com valores e critérios que nascem da experiência de pertencer ao Ideal e a um povo concreto, alternativos aos interesses do mercado e aos jogos de poder do Estado.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família convida todas as famílias a votarem em candidatos que comungam e promovem a vida e a família, e ainda, incentiva o empenho de todos na aplicação da Lei 9.840, de combate à corrupção eleitoral, bem como da Lei da Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de quem já foi condenado, em primeira instância, por um colegiado, ou que tenha renunciado a seu mandato para escapar de punições. O Brasil que queremos é feito de cidadãos que se empenham pela justiça e fraternidade. Como famílias dos filhos de Deus e com as bênção da Sagrada Família, façamos das próximas eleições um grande momento de promoção da vida e da família.