sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Congregação para a Doutrina da Fé: Libertatis Nuntius

Instruções sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação
Por 
Cardeal Joseph Ratzinger e Arc. Alberto Bovone 


INTRODUÇÃO

O Evangelho de Jesus Cristo é mensagem de liberdade e força de libertação. Esta verdade essencial tornou-se, nos últimos anos, objeto da reflexão dos teólogos, com uma nova atenção que, em si mesma, é rica de promessas.

A libertação é antes de tudo e principalmente libertação da escravidão radical do pecado. Seu objetivo e seu termo é a liberdade dos filhos de Deus, que é dom da graça. Ela exige, por uma conseqüência lógica, a libertação de muitas outras escravidões, de ordem cultural, econômica, social e política, que, em última análise, derivam todas do pecado e constituem outros tantos obstáculos que impedem os homens de viver segundo a própria dignidade. Discernir com clareza o que é fundamental e o que faz parte das conseqüências é condição indispensável para uma reflexão teológica sobre a libertação.

Formação de Pregadores

RCC Amapá realiza Escola de formação de Pregadores.
Por Jefferson Souza


Macapá - (JS) - A Renovação Carismática Católica do Amapá, através do Ministério de Pregação, promover mais uma manhã da Escola Permanente de Formação de Pregadores. O encontro acontece simultaneamente com as formações dos ministérios de Intercessão, Oração Por Cura e Libertação, Música e Artes, bem como a assembleia extraordinária para coordenadores de grupo de oração e conselho estadual. A promação inicia as 8hs da manhã e prossegue até as 12hs do próximo domingo, 23/09, no Colégio Santa Bartolomea. A turma de pregadores aprofundará os temas do Módulo "Anuncia-me" e "Oratória Sacra" e participará de atividades avaliativas de pregação.

Programação:

08hs00 - Acolhimento
08hs30 - Oração Inicial
09hs15 - Partilha
09hs30 - 1° Ensino: Anúnciar com Prodígios
10hs00 - Intervalo
10hs20 - 2° Ensino: Anúnciar com Amor
10hs50 - Orientações para atividade
11hs00 - Video-aula Oratória Sacra I e II
11hs30 - Atividade: Pregação e avaliação

A Nova Evangelização começou com o Concílio Vaticano II

Bento XVI fala sobre nova evangelização à bispos.
Por L’Osservatore Romano

Vaticano - (L´OR)- «A nova evangelização teve início precisamente com o concílio, que o beato João XXIII via como um novo Pentecostes que teria feito florescer a Igreja na sua riqueza interior e no seu expandir-se maternalmente em todos os âmbitos da actividade humana». Afirmou Bento XVI ao receber em audiência na manhã de quinta-feira, 20 de Setembro, um grupo de prelados participantes no congresso promovido pelas Congregações para os Bispos e para as Igrejas Orientais.
Para o Papa «os efeitos daquele novo Pentecostes, não obstante as dificuldades dos tempos, prolongaram-se, alcançando a vida da Igreja em todas as suas expressões: da institucional à espiritual, da participação dos fiéis leigos na Igreja ao florescimento carismático e de santidade». Uma renovação que foi possível graças ao compromisso de tantos «bispos, sacerdotes, consagrados e leigos, que tornaram belo o rosto da Igreja no nosso tempo».
Esta «herança» é hoje confiada a toda a Igreja: de facto a evangelização - explicou o Pontífice - «não é obra de alguns peritos, mas de todo o povo de Deus, sob a guia dos pastores». Aos quais compete em especial a tarefa de apresentar «os conteúdos essenciais da fé, de modo sistemático e orgânico, para responder também às interrogações que o nosso mundo tecnológico e globalizado nos apresenta». Uma missão que exige dos bispos «o exemplo de uma vida vivida no abandono confiante a Deus», porque – recordou o Papa – não se pode estar ao serviço dos homens, sem ser primeiro servos de Deus».

Novas tecnologias, novas relações na Vida Consagrada

Igreja prioriza a formação de seus agentes no campo da comunicação
Por News Va

São Paulo (RV) - “Novas Tecnologias, Novas relações na Vida Consagrada.” Este é o tema do Seminário de Comunicação que pretende reunir cerca de 300 consagrados e consagradas jovens, formadores, estudantes de Teologia e Filosofia (junioristas), Superiores Maiores e Coordenadores de Comunidade, na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), em São Paulo (SP), de 1º a 4 de novembro próximo. O evento é uma organização da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

De acordo com o Presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, a Igreja prioriza a formação de seus agentes no campo da comunicação. “A Santa Sé tem se preocupado muito com a questão da comunicação. É fundamental que a Igreja e em especial a Vida Religiosa consagrada estejam conectadas para que o nosso anúncio seja cada vez mais abrangente, eficaz e inteligível para as novas gerações”, afirmou.

Na avaliação da presidente da CRB, Irmã Márian Ambrosio, a realização de eventos como esse denota o empenho em responder às necessidades e anseios da Vida Religiosa. “Buscar caminhos de comunicação que nos aproximem da linguagem da juventude e, acentuo ainda, o da agilidade dos serviços. Aprender a usar todo o potencial positivo que os meios de comunicação colocam a nosso dispor significa responder, muito brevemente, aos grandes gritos com os quais Deus interpela a vida religiosa, hoje.”

O Seminário contará com a assessoria de estudiosos, mestres e doutores na área da comunicação. De acordo com a organização, este seminário tem como público alvo Religiosos e Religiosas Consagrados e Consagradas de votos perpétuos, os formandos de votos simples, estudantes da Filosofia e Teologia. 

Para a CRB, essa presença diversificada deve enriquecer o debate e as reflexões, ajudando a vida religiosa a buscar pistas e encontrar respostas para os desafios que as novas tecnologias de informação apresentam.

As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de outubro através do site crbnacional.org.br

Voz do Pastor: Três jovens

Reflexôes de Dom Pedro José Conti, bispo de Macapá
Macapá - (PASCOM) Três jovens africanos foram colocados na grande cabana das reuniões. O Chefe da tribo estava sentado no fundo e aos seus lados estavam os velhos guerreiros. O ancião tomou a palavra e disse:
- Por seis dias vocês ficaram na floresta. Foram testados para ver se têm capacidade de se defender dos mil perigos que a mata esconde. Voltaram sãos e salvos, mas ainda não basta para serem julgados verdadeiros guerreiros. O que fizeram para merecer este título?
- No meio do silêncio, os três jovens contaram os seus feitos. Um havia matado uma onça, o outro, lutado contra uma cobra grande.
- E você, Mamadu, o que fez? – perguntou o Chefe.
- Peguei uma vasilha de mel das abelhas selvagens – respondeu baixinho Mamadu.
Os jovens riram. Roubar mel das abelhas era só questão de paciência, talvez um pouco de audácia, mas não era uma façanha digna de um guerreiro.
- Por que você tirou o mel das abelhas e não foi caçar algum animal feroz? – perguntou o Chefe.
- O senhor sabe que os meus pais são velhos e doentes; devo cuidar deles, não podia deixá-los sem comida. Levei o mel para eles.
O Chefe levantou-se. Estendeu a lança de guerreiro para Mamadu e disse:
- Tome-a, é sua.  Entre todos, você é o mais digno dela. Antes de ser um caçador, um homem deve ser homem. Só há uma maneira para saber se ele o é realmente: quando coloca acima de qualquer coisa o respeito e o amor pelos seus pais.
            Com certeza o Mamadu da história não foi um covarde. Talvez tivesse precisado lutar, e muito, contra a sua própria ambição de querer ser o primeiro de todos, por causa de algum gesto arriscado e destemido. No entanto a voz da responsabilidade e do amor com os próprios pais havia falado mais forte. Antes de obedecer ao seu orgulho, deu ouvido ao seu coração. Também para isso precisa muita coragem.
            O evangelho de Marcos, deste domingo, não esconde a dificuldade dos apóstolos em compreender as palavras de Jesus, quando falava da sua paixão e morte. O desfecho de sua vida, não ia ser um triunfo com a derrota de seus inimigos e a tomada do poder. Jesus, revelação de um Deus-Amor, Pai de todos, não podia ter “inimigos” para vencer e humilhar. Ao contrário, estava pronto a doar a sua vida para libertar a humanidade inteira ainda iludida pelo antigo Adversário.  Somente fazendo-se o último de todos, obediente e humilde até a morte de cruz (cf. Fl 2,8), podia nos libertar dos falsos ídolos do poder, da força e da dominação.
No entanto os apóstolos continuavam imaginando um reino deste mundo, onde os mais importantes ocupam os primeiros lugares. Para Jesus, porém, primeiro mesmo será aquele que se faz último porque está disposto a servir a todos. E ele deu o exemplo.
            Estamos falando de teorias ou de vida cotidiana?  Estamos neste mundo ou viajando em outras galáxias? É difícil para todos pensar e projetar a nossa própria vida como um serviço aos outros. Todos escondemos, dentro de nós e mais ou menos bem, um grande desejo de poder, de aparecer, de ser reconhecidos como os melhores. Os primeiros, enfim, com mais ninguém acima de nós. Ser os últimos? Nem pensar! Para servir os outros? Os outros é que terão que nos obedecer. Isto se pensa, mas, obviamente, nunca se diz. Os discursos sempre são outros. Ninguém quer admitir a própria ambição e a própria sede de poder.
Estamos na reta final de mais uma campanha eleitoral. Quantos candidatos se apresentam como servidores do povo,  declarando-se dispostos a tudo para o bem de todos. Estamos livres de confiar, mas temos direito de duvidar, sobretudo quando são feitas campanhas milionárias. Se ganharem o cargo pleiteado, com certeza o salário dos quatro anos não cobrirá nem de longe os gastos feitos. Devemos acreditar que estão gastando do seu bolso para poder depois, se forem eleitos, servir ao povo com honestidade e desprendimento? Quando a esmola é muito grande, dizem, até o Santo desconfia. Com a dinheirama gasta nas campanhas talvez se pudessem consertar, já, algumas coisas que não funcionam tão bem.
Voltando à historinha, o povo precisa do “mel” de cada dia; quer que funcionem as escolas, os hospitais, a energia, a água, os transportes, a habitação, a segurança pública. Esta é a verdadeira luta urgente e a verdadeira vitória que faz sorrir de alegria os pequenos e os pobres.
Se os outros acharem pouco tudo isso, podem rir do “mel” e continuar a caçar onças e cobras. O Chefe, porém, deu a lança de guerreiro a Mamadu. E o povo a quem a daria?