terça-feira, 7 de agosto de 2012

Reflexões espirituais: Carta aos pais

Por ocasião do Dia dos Pais
Por Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará


Dirijo-me hoje, com grande alegria no coração, a todos os homens que receberam a graça da paternidade, participação misteriosa e sempre carregada de surpresas no ato criador de Deus. Com as mulheres, mães com as quais geraram vidas, vocês são indispensáveis à continuação da espécie humana sobre a terra, e mais ainda indispensáveis para serem imagens do Pai do Céu, a quem chamamos de “Pai nosso”.
Em cada homem que se fez pai, quero saudar o exercício sadio da masculinidade, agradecendo-lhes pela vocação que Deus lhes confiou de serem personalidades carregadas de força e ao mesmo tempo de grande ternura.  A todos peço para valorizarem o dom de conquistarem sadiamente o maravilhoso mundo feminino, presente no recesso do lar que Deus lhes concedeu. Se casados há pouco ou muito tempo, não importa, suplico a Deus para todos os esposos a graça de redescobrirem o namoro permanente, feito de olhares e carinhos, surpresas e gestos gratuitos de atenção. A vocês foi entregue a tarefa de serem testemunhas do amor misericordioso do “Pai nosso”.
Tomo a liberdade de entrar na casa daqueles homens que são pais, mas ainda não descobriram a beleza de um Sacramento feito para o homem e a mulher que se amam. De fato, o Matrimônio é graça de Deus, do mesmo modo que o Batismo, a Crisma, a Eucaristia e outros Sacramentos. Ele é um presente de Deus, não instituído para dar mais ou menos sorte a quem quer que seja, mas para transformar o casal que o recebe num sinal do amor de Cristo e da Igreja. Serve para que você, pai, aponte, com sua vida e seu amor, para aquele que, sendo “Pai nosso”, quer ser servido e amado por todos os homens e mulheres. Você é chamado a se casar na Igreja!
Sei que há muitos pais que perderam filhos ou filhas e não os esqueço, como o “Pai nosso” não os esquece. Trata-se algo muito sério, pois relembro muitos homens aos quais me foi dada a graça de ajudar em momentos dolorosos. Quantas lágrimas correm de rostos enrijecidos pelas lutas da vida, quando o sofrimento bate à porta. Se palavras muitas vezes são insuficientes para consolá-los e às suas esposas e famílias, aceitem a presença da Igreja, que quer, mesmo no silêncio, dizer-lhes que não estão sós. Desfrutem a companhia da Comunidade católica, com a qual vocês, pais da terra, podem rezar o “Pai nosso”.
Queridos pais, muitas vezes suas mãos calejadas, ou os rostos cansados, os passos corridos de quem vai para o trabalho, uniformes ou ternos, empregos formais ou não, foram usados como sinal do que vocês representam, a força de trabalho na sociedade. Ainda que tantas mulheres tenham trabalho, cargos e responsabilidades fora de casa, vocês são vistos como os provedores das famílias. E o provedor “providencia” e acaba muito parecido com aquele que é o Senhor da Providência, a quem pedimos o pão de cada dia, quando rezamos o “Pai nosso”. Em nome da Igreja, reconheço todo o bem que fazem, o valor de seus esforços, sua labuta, seu cansaço, seu desejo de melhores condições de vida para suas famílias.
Dirijo-me agora aos pais que fazem muito e falam pouco, cuja dedicação e consciência são pouco conhecidas aos olhos humanos, mas patentes aos olhos de Deus. Vocês não são esquecidos por Deus nem pela Igreja. Desejo que Deus os faça superar a timidez e os ajude a se introduzirem mais e mais na vida das comunidades cristãs. Ajudem-nos a sermos bem realistas em nossas decisões. Ajudem seus filhos, sem se omitirem na hora da correção. Mostrem o rumo, pois esta é a graça própria da paternidade. Afinal de contas, o “Pai nosso” quis contar com vocês!
Conheço também muitos homens que não experimentaram a fecundidade e por um motivo ou outro não tiveram filhos. Muitos de vocês deram um passo bonito, junto com suas esposas, assumindo filhos dos outros, através da adoção. Outros se tornaram pais de muitos outros, com sensibilidade social apurada, ajudando a quem precisa. Com todos estes homens, podemos dizer “Pai nosso”, porque na fecundidade do Pai do Céu cada um pode encontrar seu modo de fazer o bem e participar de seu amor infinito.
Lanço agora meu olhar para os que ainda não são pais, mas querem sê-lo, os jovens ou adultos que se sentem chamados ao casamento e à fecundidade do matrimônio. Lembrem-se de que esta é uma vocação, um chamado, uma graça de Deus a ser acolhida e vivida com alegria. Não tenham medo das responsabilidades! Busquem o casamento e a família e não aventuras fortuitas. Saibam preparar-se bem para se realizarem na participação do mistério do “Pai nosso”.
Enfim, há homens que foram chamados a outro tipo de paternidade, pois Deus lhes concedeu a graça de serem pais da grande família de seus filhos na Igreja. São tão importantes que nós os chamamos “padres”, mais fecundos do que qualquer pai de família. A eles agradeço por nos ensinarem a rezar o “Pai Nosso” e por gerarem os filhos de Deus pela Palavra e pelos Sacramentos.
Com todos os pais no dia que lhes é dedicado, qualquer que seja sua idade ou situação, fazemos o que existe de melhor, rezando juntos: “Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.

Curso: Revolução e Marxismo Cultural

Logo do Curso
Desmascarando a Teologia da Libertação
Por Padre Paulo Ricardo


O objetivo deste curso é o de apresentar a revolução cultural dentro da Igreja ou, melhor dizendo, um estudo sistemático das raízes da Teologia da Libertação e de sua atuação dentro da Igreja Católica. Como reflexão teológica, o objetivo é o de identificar o que está acontecendo com a teologia e a maneira como o pensamento revolucionário está influenciando a forma de pensar a teologia, Deus, a Igreja e o sacerdócio. Porém, para se chegar à teologia é importante conhecer as raízes desta revolução, que se encontram na filosofia.
O curso também irá abordar a razão pela qual a expressão teologia da libertação não é mais tema de discussão. Na realidade, ela já domina hegemonicamente o pensamento da própria Igreja. E é exatamente para desmascarar esse domínio velado que este curso é apresentado aos assinantes do site Christo Nihil Praeponere.
Esta é uma série de palestras que busca compilar, de forma sistemática, o tema do Marxismo Cultural que se encontra difuso em diversos vídeos e palestras no site padrepauloricardo.org O intuito é o de apresentar a revolução cultural dentro da Igreja ou, melhor dizendo, um estudo sistemático das raízes da Teologia da Libertação e de sua atuação dentro da Igreja Católica.

01 - Primeira Aula - Visão histórica


02 - Marxismo Cultural e Revolução Cultural - Segunda Aula 


03 - Marxismo Cultural e Revolução Cultural - Terceira Aula


04 - Marxismo Cultural e Revolução Cultural - Quarta Aula


05 - Marxismo Cultural e Revolução Cultural - Quinta Aula


06 - Marxismo Cultural e Revolução Cultural - Última Aula


Bento XVI a respeito da Teologia da Libertação

"Neste sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo. As suas seqüelas mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas. Suplico a quantos de algum modo se sentiram atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida; a todos recordo que «a regra suprema da fé [da Igreja] provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que os três não podem subsistir de maneira independente» (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 55)"  - Aos Bispos da CNBB / Regional Sul 3 e 4 durante visita Ad Limina Apostolorum - 2010

Texto na íntegra clique aqui


Proclaim 2012: Encontro nacional sobre a Nova Evangelização

Igreja na Austrália na vanguarda da Nova Evangelização
Por Jefferson Souza, com Agências

A Conferência episcopal australiana realizará no período de 9 a 11 de agosto o Primeiro Encontro nacional sobre a Nova Evangelização. A iniciativa com o título “Proclaim 2012” (Proclamai 2012) terá sua sede no “The Concourse”, da cidade de Chatswood, no Estado Novo Gales do Sul.

A organização pela Catholic Mission Australia e pelo Catholic Enquiry Centre’s National Office for Evangelism que propõe o tema do “Proclaim 2012” que se inspira no versículo do Evangelho de Mateus (10, 27).

Mais de 450 pessoas, entre jovens religiosas, religiosos, párocos, agentes de pastoral e voluntários diocesanos, diretores de escolas, professores de ensino religioso de todas as idades deverão participar do evento, entre outros, a presença confirmada do Arcebispo Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, que falará em duas ocasiões: a 9 de agosto, abordará o tema “O que é a nova evangelização e o que significa para a Igreja”, enquanto a 11 de agosto o prelado abordará “Jesus e o Ano da fé — a urgência da nova evangelização”. 

 Arcebispo Rino Fisichella
“É um evento muito importante — explica o Arcebispo Fisichella — é o primeiro momento da nova evangelização que se realiza na Austrália. Um País distante, mas que representa uma presença muito significativa na Igreja católica. “Proclaim 2012” foi preparado com muita consciência e responsabilidade — continua o prelado — é só consultar o site da Conferência episcopal para entender que atenção foi dada ao evento que quer ajudar a entender como a Igreja na Austrália esteja na vanguarda. Além disso, haverá experiências significativas de nova evangelização. 



Proclaim 2012 — conclui o arcebispo — tem um grande valor porque reúne todas as Igrejas na Austrália numa grande manifestação eclesial da qual participarei com grande entusiasmo e confortado pelo apoio do Papa Bento XVI”.




“Proclaim 2012” quer ajudar, ainda, as pessoas a entender a nova evangelização, respondendo assim ao convite de Bento XVI a se comprometer neste âmbito e alcançar com a mensagem de Jesus os fiéis e a cultura de maneiras novas. Objetivo do encontro será “a evangelização nas paróquias, porque — lê-se no site da Conferência episcopal — são as comunidades doadas a nós pela Igreja, nas quais se pode viver a fé católica”. (SP)

Para acompanhar as notícias e a cobertura do evento basta acessar a página do Proclaim 2012 oficial no Facebook e pelo Site



Jovens da América do Sul unidos para valorizar a vida

Foto: Divulgação

Que a juventude possa celebrar a vida
Por Rádio Vaticano

Todos os jovens dos países do Cone Sul do continente americano (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) estão convidados a fazer um Gesto Comum em favor da vida da juventude, de 5 a 12 de agosto, período em que se comemora também o Dia internacional da Juventude da ONU. A iniciativa é das pastorais juvenis dos cinco países e acontece desde 1997 em cada dois anos. 

O Gesto Comum de 2012 será dividido em três momentos. O primeiro será de 5 a 10 de agosto. A sugestão é que cada grupo jovem de cada expressão que trabalha com o mundo juvenil possa realizar seminários, debates, caminhadas, atos públicos, visitas em lugares que a vida do jovem é violentada (como prisões, abrigos para dependentes químicos e alcoólicos, espaços nas ruas onde os jovens vivem). Também são sugeridas celebrações, rodas de conversa com os jovens ou o que mais o grupo considerar interessante para vivenciar e refletir sobre a defesa da vida da juventude.O segundo momento acontecerá no sábado, 11 de agosto. A proposta é que todos os grupos das diferentes pastorais, novas comunidades, congregações, movimentos e outras organizações realizem, a partir das 19h uma grande celebração pela vida. O momento pode ser uma celebração eucarística ou outra oração, como o ofício divino. 

A conclusão será com um dia de lazer, em que a juventude possa celebrar a vida também a partir do esporte, da cultura e da arte. Podem ser feitos torneios esportivos, gincanas, apresentações culturais, saraus, etc.

Centenas de grupos de jovens de todo Cone Sul realizarão nos seus países outras atividades em favor da vida. Essa unidade entre as pastorais juvenis da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai deve ser estimulada entre os grupos. Todos os grupos são convidados a compartilhar a vivência do gesto comum nas redes sociais para mostrar a mobilização e o protagonismo juvenil. 

História do Gesto Comum
Em junho de 1996, no Encontro Latino-americano de Pastoral Juvenil, decidiu-se que cada região da América Latina faria uma ação conjunta que deveria marcar sua presença junto à juventude através de uma manifestação pública para a sociedade em favor dos jovens. O Gesto teve caráter profético para atender às necessidades concretas dos jovens, principalmente daqueles em situação de risco.O primeiro gesto foi um jejum, em maio de 1997, para preparar a juventude do continente para o Grande Jubileu do nascimento de Cristo. No Brasil, o Gesto Comum do Cone Sul começou a ser vivido pelas Pastorais da Juventude do Brasil (PJ, PJE, PJMP, PJR) em agosto de 1999.

Em 2002, o cartaz e a oração da Semana da Cidadania foram usados por todos os países do Cone Sul. O tema da semana, organizada pelas Pastorais da Juventude do Brasil foi “Animemos a Esperança, Construamos a Paz - Direito de ser diferente”. Outros símbolos , como o fogo e a Whipala (bandeira da resistência latino americana), também foram compartilhados. 

O gesto comum de 2004 também foi feito junto com a Semana da Cidadania, com lema “América Latina: Construindo a Democracia como Bem Comum”. O símbolo em comum foi, novamente, a Whipala. Foram feitas ações em todo o Brasil, como campanhas de documentação (certidão de nascimento, identidade e título de eleitor) para jovens e adolescentes; oficinas, shows, festivais, gincanas e debates para o aprofundamento do tema “Democracia e Bem Comum”; debates sobre a realidade da juventude com profissionais; atos públicos e criação de espaços para os jovens refletirem sobre seu projeto de vida. 

Em 2010, após anos sem realizar o gesto comum, os jovens do Cone Sul reunidos no III Congresso Latino-americano de Jovens, na Venezuela, decidiram retomar a prática com foco na defesa da vida da juventude.

A Coordenação Nacional de Pastoral Juvenil, formada por 10 jovens coordenadores de pastorais, novas comunidades, movimentos e congregações que trabalham com juventude, é, desde 2011, o espaço de articulação e construção do Gesto Comum. A coordenação faz parte da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB.