quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Angelus: coragem na defesa da verdade da fé

Foto: Alberto Pizzoli/Radio Vaticano

Papa presidiu no Vaticano à oração do Angelus num dia dedicado a Santo Estêvão, considerado o «primeiro mártir» da Igreja Católica 

Cidade do Vaticano, 26 dez 2012 (Ecclesia) – Bento XVI pediu hoje aos católicos que façam do tempo de Natal uma oportunidade para crescerem enquanto testemunhas da esperança de Cristo, num mundo repleto de dificuldades.

Eu vos anuncio uma grande alegria

Terceira Pregação do Advento 2012 do Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap
Por Zenti.org

"Eu vou anuncio uma grande alegria"

Evangelizar mediante a alegria
Depois de refletir sobre a graça do ano da fé e sobre o aniversário do concílio Vaticano II, dedicamos esta última meditação do advento ao terceiro grande tema do ano, a evangelização.
O papa convidou a Igreja a fazer deste ano uma oportunidade de redescobrir a "alegria do encontro com Cristo", a alegria de ser cristãos. Ecoando essa exortação, eu gostaria de falar sobre como evangelizar através da alegria, procurando permanecer o mais fiel possível ao tempo litúrgico atual, em preparação para o Natal.

1. A alegria escatológica
Nos evangelhos da infância, inspirado pelo Espírito Santo, Lucas conseguiu não só apresentar fatos e personagens, mas também recriar a atmosfera e o clima daqueles eventos. Um dos mais evidentes elementos desse mundo espiritual é a alegria. A piedade cristã não se enganou quando deu à infância de Jesus o nome de "mistérios gozosos", mistérios de alegria.
A Zacarias, o anjo promete "alegria e exultação" pelo nascimento do filho, e que muitos "se alegrarão" com a sua vinda (cf. Lc 1, 14). Há uma palavra grega que, a partir deste momento, reaparecerá na boca de vários personagens de modo contínuo: é o termo agallìasis, que indica "a alegria escatológica pela irrupção do tempo messiânico". Ao ouvir a saudação de Maria, o bebê "regozijou-se" no ventre de Isabel (Lucas 1, 44), sinalizando, assim, a alegria do "amigo do esposo" pela presença do esposo (Jo 3, 29). O ápice acontece no cântico de Maria: "Meu espírito se alegra (egallìasen) em Deus" (Lc 1, 47); espalha-se na alegria tranquila de amigos e parentes ao redor do berço do precursor (cf. Lc 1, 58) e explode, finalmente, com pleno vigor, no nascimento de Cristo, na declaração dos anjos para os pastores: "Eis que vos anuncio uma grande alegria" (Lc 2, 10).