segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sínodo e novos Doutores da Igreja

Padres Sínodais / Foto: reprodução CNBB

Solenidade de abertura do Sínodo e proclamação de Santos Doutores
O Papa Bento XVI abriu solenemente na manhã deste domingo, 7, o Sínodo sobre a Nova Evangelização, presidindo a Santa Missa na Praça São Pedro. Durante a celebração, na presença de mais de 400 bispos e 25 mil fiéis proclamou Doutores da Igreja a Santa medieval alemã, Hildegarda de Bingen, e o Santo espanhol João de Ávila, que viveu em 1500.
Com esta solene concelebração – disse o Papa na sua homilia - inauguramos a XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que tem como tema: A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã.

Papa na primeira sessão do Sínodo: "Deus rompeu o silêncio do Universo"

Abertura do Sínodo sobre a Nova Evangelização

Por Rádio Vaticano

Cidade do Vaticano – Os trabalhos da 13a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização foram abertos na manhã desta segunda, 08, com a oração das Laudes, presidida pelo Papa, na Sala Paulo VI. Bento XVI se dirigiu aos 262 padres sinodais de todo o mundo com as seguintes palavras: “O cristão não deve ser morno; este é o mais grave perigo para o cristianismo de hoje: a tepidez desacredita o cristianismo” – refletiu o Papa, .

“O fogo é luz, é calor, força de transformação: a cultura humana começou quando o homem descobriu que podia criar o fogo, que destrói, mas, sobretudo transforma, renova e cria uma novidade, a do homem que se torna luz em Deus”.

Para o Papa teólogo, é importante que no latim cristão, a palavra 'professio' tenha sido substituída pela 'confessio', palavra usada nos tribunais, em processos, e que traz consigo um elemento martiriológico: o testemunho, o risco da morte, a disponibilidade de sofrer. Bento XVI se dirigiu aos padres sinodais:

“Isto é muito importante, pois garante credibilidade. A fé não é uma coisa qualquer, que posso até deixar cair. Sabemos que para nós, a confissão não é uma palavra vazia, é mais do que a morte. Quem a faz demonstra que a verdade vale mais do que a vida: é uma pérola preciosa”.

A este propósito o Pontífice recordou que “o lugar da confissão é o coração e a boca, ou seja, a fé não é apenas uma realidade do coração, mas deve ser comunicada, confessada; tende a ser pública, como o fogo que se acende e se alastra, gerando novas chamas. É necessária a coragem da palavra. A confissão é o primeiro alicerce da Evangelização, e não é uma coisa abstrata. Tornando-se visível, é a força do presente e do futuro”.