Reflexão por ocasião do I Dmonigo do Advento
Por Dom Pedro José Conti - Bispo de Macapá
Ninguém
sabia se havia sido um anjo ou um demônio a colocar aquela pedra enorme
naquele lugar. Ela estava encostada na montanha, mas podia
desprender-se dela a qualquer
momento e acabar com boa parte da pequena vila que estava no fundo do
vale. Os homens tinham acolhido o desafio de vigiar os movimentos da
pedra. Todas as noites, um deles subia ao monte com uma lanterna na mão e
ficava observando. Se a pedra saísse do lugar,
ele devia avisar a população da vila tocando uma trombeta. Podia chover
ou soprar o vento, com a lua no céu ou se caísse neve, um homem vigiava
para que todos pudessem dormir em paz. Ficar vigiando a pedra era uma
grande fadiga, mas também um orgulho. Na manhã
seguinte, aquele homem descia do monte e parecia-lhe que toda a vila
estivesse sorrindo para ele, agradecida.