segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bebês “descartáveis”


Pe. John Flynn, LC

Os pró-aborto sempre defenderam o direito das mulheres de controlar seus corpos e de ter o nascituro como quiserem. Em uma decisão estranha, um tribunal belga aprovou esse raciocínio até afirmar que uma criança tem o direito de ser abortada.

A revista belga Revue Générale des Assurances et responsabilité publicou a sentença do Tribunal de Apelação em Bruxelas, de 21 de setembro, sobre o caso de uma criança nascida com deficiência, após um erro no diagnóstico pré-natal, de acordo com a revista Gènéthique de 29 de novembro a 3 de dezembro.

O tribunal decidiu que os pais da criança poderiam exigir indenização dos médicos que não conseguiram detectar a incapacidade. Eles alegaram que, ao legalizar o aborto terapêutico, os legisladores pretendiam que as mulheres pudessem evitar dar à luz crianças com deficiências graves, "tendo em conta não só os interesses da mãe, mas também os do nascituro em si".

Assim, os juízes consideraram que a criança deve ter o "direito" ao aborto, se a sua deficiência for diagnosticada corretamente.

Esta reportagem sobre a sentença não explicou como o tribunal chegou a considerar o nascituro como capaz de ser sujeito de direitos, e por que esse direito era apenas o de ser assassinado, e não o de viver.

Uma boa mãe?

A escritora britânica Virginia Ironside deu mais um passo a mais na aceitação cada vez mais comum da visão de que é melhor abortar bebês com deficiência, ao declarar que preferiria afogar seu filho para acabar com seu sofrimento, informou a 5 de outubro o jornal Daily Mail.

Ela fez o comentário durante um programa de rádio na BBC1, Sunday Morning Live. Ironside disse também que abortar um bebê indesejado ou com deficiência "é o ato de uma mãe amorosa".

Suas declarações provocaram muitas críticas. Peter Evans, falando em nome da Christian Medical Fellowship, disse: "Para nós, fazer julgamentos de que uma pessoa não é digna de viver, não é digna da oportunidade de viver, é algo perigoso", informou o Daily Mail.

Ian Birrell, pai de uma filha com deficiência, de 16 anos, assinou um artigo adjunto em que reconhecia as dificuldades de cuidar de uma criança deficiente, mas também disse que é uma experiência intensamente gratificante. Acusou Ironside de mostrar uma maneira de pensar muito comum, segundo a qual as pessoas com deficiência seriam inferiores.

"Imagine a indignação se a Sra. Ironside tivesse dito que as crianças negras ou os adolescentes gays deveriam ser exterminados", disse Birrell.

Outros, porém, a defenderam. O colunista do jornal Guardian, Zoe Williams, afirmou que ela tinha "uma opinião válida e foi corajosa ao expressá-la" em um artigo em 5 de outubro.

Williams disse que o argumento de Ironside era um passo crucial, pois ela tinha formulado a dimensão moral de ser pró-aborto. Foi como um golpe ao que William descreve como "a autoproclamada superioridade moral dos antiabortistas".

O Sunday Times deu oportunidade a Virginia Ironside para que explicasse melhor o seu raciocínio, em um artigo de opinião publicado em 10 de outubro. Argumentou que as mortes misericordiosas de pessoas idosas e doentes acontecem e que os juízes, em geral, se mostram clementes com elas. Estender esta prática ao feto ou ao recém-nascido é exatamente o que faria uma boa mãe, disse.

Novos testes

A postura de eliminar aqueles considerados indignos receberá ajuda dos novos exames que tornarão mais fácil a detecção de anormalidades na gravidez. Foi desenvolvido um exame de sangue para as mulheres grávidas capaz de detectar quase todas as doenças genéticas, informou em 9 de dezembro o Times de Londres.

Se os exames mais amplos confirmarem os resultados preliminares, o teste poderia substituir técnicas mais invasivas e arriscadas, como a amniocentese, que exige a inserção de uma agulha no útero para retirar uma amostra de tecido fetal.

Da mesma forma, o exame poderá ser usado a partir da primeira semana de gravidez, assim como na oitava, bem antes dos processos atualmente em uso, dando à mulher mais tempo para decidir abortar ou não, acrescentou o Times.

Alasdair Palmer, comentando estas notícias no jornal Telegraph de 11 de dezembro, afirmou que exames como esse evitariam que pessoas como ele nascessem. Palmer, que sofre de esclerose múltipla, falou da preocupação sobre um possível aumento no número de abortos de bebês com defeitos genéticos, incluindo os menos importantes, como o lábio leporino.

Rotineiramente, seriam abortados os bebês com síndrome de Down e, após a aceitação desta forma de pensar como uma prática aceitável, seria mais difícil traçar uma linha. "Devemos abortar aqueles que sofrem de autismo, dislexia, ou os são excessivamente baixos?", perguntou-se.

"Não vejo base alguma que permita que a lei especifique, e muito menos que imponha, um princípio que diga: este defeito genético é suficientemente ruim e é melhor que o bebê não nasça, mas este outro não é tão ruim", refletiu Palmer.

Mesmo sem os novos exames, já houve um significativo declínio no nascimento de crianças com doenças genéticas devido ao aborto seletivo. Uma longa reportagem da Associated Press, publicada em 17 de fevereiro, citou a Dra. Wendy Chung, diretora de genética clínica da Universidade de Columbia, quem disse que, devido aos diagnósticos, diminuiu a porcentagem de doenças como a de Tay-Sachs.

Nos últimos anos, têm aumentado os exames para a fibrose cística e, em Massachusetts, por exemplo, o nascimento de bebês com esta doença caiu de 29, em 2000, para apenas 10, em 2003.

Na Califórnia, relatou a Associated Press, Kaiser Permanente, uma organização de saúde de grande porte, oferece diagnóstico pré-natal. De 2006 a 2008, 87 casais com mutações de fibrose cística concordaram em examinar seus fetos e foi constatado que 23 tinham a doença; 16 dos 17 fetos que teriam uma forma grave desta doença foram abortados, e também 4 dos 6 cujo prognóstico seria menos grave.

Às vezes, os casais optam por abortar mesmo se não há problemas genéticos, conforme relatado em 10 de dezembro pelo jornal Canadian National Post.

Quando um casal descobriu que estava esperando gêmeos, os cônjuges acharam que não poderiam lidar com dois filhos, além do menino que já tinham. Então, eles decidiram fazer o que é chamado de "redução seletiva", e um dos gêmeos foi abortado.

O artigo citou uma obstetra de Nova York, Mark Evans, especialista nesta técnica, quem disse que muitos casos têm a ver com casais que estão em seu segundo casamento e já têm filhos, então só querem mais um.

Cada ser humano é único

"Deus ama cada ser humano de maneira única e profunda", declarou Bento XVI em 13 de fevereiro, em seu discurso aos membros da Academia Pontifícia para a Vida.

O Papa destacou que a bioética é um campo de batalha crucial na luta entre a supremacia da tecnologia e a responsabilidade moral do ser humano. Neste conflito, é vital manter o princípio da dignidade da pessoa humana como fonte de direitos dos indivíduos.

"Ao invocar o respeito à dignidade da pessoa, é essencial que este seja pleno, total e sem sujeições, exceto a de reconhecer que se está sempre diante de uma vida humana", disse ele.

O Pontífice advertiu que a história mostra quão perigoso pode ser o Estado quando proclama que é a fonte e o princípio da ética e legisla sobre assuntos que afetam a pessoa e a sociedade.

O passo do direito a abortar ao direito de ser abortado demonstra claramente o perigo de abandonar os princípios éticos fundamentais

Fonte: Zenit.org

A Igreja de Jerusalém ontem, hoje e sempre


Apresentamos a introdução dos textos bíblicos e de oração escolhidos para o primeiro dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 18 de janeiro.

Este texto faz parte dos materiais distribuídos pela Comissão Fé e Constituição, do Conselho Ecumênico das Igrejas e pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A base do texto foi redigida por uma equipe de representantes ecumênicos de Jerusalém.

Há dois mil anos, os primeiros discípulos de Cristo reunidos em Jerusalém experimentaram o derramamento do Espírito Santo em Pentecostes e foram reunidos na unidade como corpo de Cristo. Nesse evento, os cristãos de todos os tempos e lugares vêem sua origem como comunidade de fiéis, chamados a proclamar juntos Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Embora aquela iniciante Igreja de Jerusalém experimentasse dificuldades, interna e externamente, seus membros perseveraram na fidelidade e na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. Não é difícil perceber como a situação dos primeiros cristãos na cidade santa reflete a da Igreja em Jerusalém hoje. A comunidade atual experimenta muitas das alegrias e tristezas da Igreja dos primeiros tempos: sua injustiça e desigualdade, e suas divisões, mas também sua fiel perseverança e o reconhecimento de uma unidade mais ampla entre os cristãos.

As Igrejas em Jerusalém hoje nos oferecem uma visão do que significa buscar a unidade, mesmo em meio a grandes problemas. Elas nos mostram que o chamado à unidade pode ser mais do que meras palavras e que, de fato, ele pode nos orientar para um futuro no qual antecipamos e ajudamos a construir a Jerusalém celeste.

É preciso realismo para transformar tal visão em modo concreto de viver. A responsabilidade por nossas divisões é nossa; elas são o resultado de nossas próprias ações. Precisamos mudar nossa oração, pedindo a Deus que nos transforme para que possamos trabalhar ativamente pela unidade. Estamos bastante dispostos a rezar pela unidade, mas isso pode se tornar um substitutivo para a ação que vai fazer com que ela aconteça. Será possível que estejamos sendo, nós mesmos, um bloqueio ao Espírito Santo porque somos obstáculos à unidade, porque nosso orgulho vaidoso é uma barreira à unidade?

Este ano, o chamado à unidade, para as Igrejas do mundo inteiro, vem de Jerusalém, a Igreja mãe. Conscientes de suas próprias divisões e de sua própria necessidade de fazer mais pela unidade do corpo de Cristo, as Igrejas em Jerusalém fazem um apelo a todos cristãos para a redescoberta conjunta dos valores que mantinham unida a comunidade primitiva em Jerusalém, quando os cristãos se uniam no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações. Esse é o desafio que está diante de nós. Os cristãos de Jerusalém convocam seus irmãos e irmãs para fazer desta Semana de Oração uma ocasião de renovar o compromisso de trabalho por um genuíno ecumenismo, enraizado na experiência da Igreja dos primórdios.

Quatro elementos de unidade

As orações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2011 foram preparadas por cristãos em Jerusalém, que escolheram como tema At 2,42: “Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”. Esse tema é um chamado à volta às origens da primeira Igreja em Jerusalém; é um chamado à inspiração e renovação, a uma volta ao essencial da fé; é um chamado a relembrar o tempo em que a Igreja ainda era una. Dentro desse tema, são apresentados quatro elementos que eram marcos da primeira comunidade cristã e que são essenciais à vida da comunidade cristã, onde quer que ela exista.

Primeiramente, temos a palavra que era comunicada pelos apóstolos. Em segundo lugar, a comunhão fraterna (koinonia) era um sinal importante entre os primeiros fiéis sempre que se reuniam. Uma terceira marca da Igreja primitiva era a celebração da Eucaristia (a fração do pão), lembrando a Nova Aliança que Jesus realizou através de seu sofrimento, morte e ressurreição. O quarto aspecto é a atitude constante de oração. Esses quatro elementos são os pilares da vida da Igreja e de sua unidade.

A comunidade cristã na Terra Santa deseja dar proeminência a esses elementos essenciais básicos ao elevar a Deus suas preces pela unidade e vitalidade da Igreja no mundo. Os cristãos de Jerusalém convidam suas irmãs e irmãos do mundo inteiro a se unir a eles em oração enquanto trabalham pela justiça, paz e prosperidade para todos os povos da terra.

Os temas dos oito dias

Há uma caminhada de fé que pode ser detectada nos temas dos oito dias. Desde seus inícios na “sala superior”, a primitiva comunidade cristã experimenta o derramamento do Espírito Santo, que lhe permite crescer na fé e na unidade, na oração e na ação, de modo a tornar-se verdadeiramente uma comunidade da Ressurreição, unida a Cristo em sua vitória sobre tudo que nos divide uns dos outros e nos separa dele. Então a própria Igreja de Jerusalém se torna um farol de esperança, uma degustação antecipada da Jerusalém celeste, chamada a reconciliar não somente nossas Igrejas, mas todos os povos.

Essa caminhada é guiada pelo Espírito Santo, que conduz os primeiros cristãos ao conhecimento da verdade sobre Jesus Cristo e que enche a Igreja primitiva de sinais e prodígios, para a admiração de muitos. À medida que prosseguem na caminhada, os cristãos de Jerusalém se reúnem com devoção para ouvir a Palavra de Deus pregada no ensinamento dos apóstolos, e se juntam em comunhão para celebrar sua fé no sacramento e na oração. Cheia do poder e da esperança que vêm da Ressurreição, a comunidade celebra sua vitória certa sobre o pecado e a morte, e assim tem a coragem e a visão para ser ela própria um instrumento de reconciliação, inspirando e desafiando todos os povos a superar as divisões e injustiças que os oprimem.

O dia 1 apresenta as bases da Igreja mãe de Jerusalém, deixando clara sua continuidade com a Igreja de hoje pelo mundo inteiro. Ele nos relembra a coragem da Igreja primitiva, que bravamente dava testemunho da verdade, assim como hoje necessitamos trabalhar pela justiça em Jerusalém e no resto do mundo.

O dia 2 recorda que a primeira comunidade unida em Pentecostes tinha em seu interior pessoas de origens diversas, assim como a Igreja em Jerusalém hoje representa uma rica diversidade de tradições cristãs. Nosso desafio hoje é conseguir uma unidade visível maior, capaz de acolher nossas diferenças e tradições.

O dia 3 contempla o primeiro elemento essencial de unidade: a Palavra de Deus apresentada através do ensinamento dos apóstolos. A Igreja de Jerusalém nos recorda que, sejam quais forem as nossas divisões, esses ensinamentos nos impelem a nos envolver em amor mútuo e em fidelidade ao corpo único que é a Igreja.

O dia 4 enfatiza a partilha como segunda expressão de unidade. Assim como os primeiros cristãos punham tudo em comum, a Igreja de Jerusalém chama todos os irmãos e irmãs da Igreja a partilhar bens e tarefas, com coração alegre e generoso, para que ninguém passe necessidade.

O dia 5 destaca o terceiro elemento da unidade: a fração do pão, que nos une em esperança. Nossa unidade vai além do momento da Santa Comunhão: ela precisa incluir a atitude correta a respeito da vida ética, da pessoa humana e de toda a comunidade. A Igreja de Jerusalém conclama os cristãos a se unirem na “fração do pão” hoje, porque uma Igreja dividida não pode falar com autoridade sobre temas de justiça e paz.

O dia 6 apresenta o quarto elemento de unidade: com a Igreja em Jerusalém ganhamos força pelo tempo que nos dedicamos à oração. Especificamente, a Oração do Senhor chama todos nós, em Jerusalém e no mundo inteiro, os fracos e os poderosos, a um trabalho conjunto pela justiça, paz e unidade, para que venha a nós o Reino de Deus.

O dia 7 nos leva além dos quatro elementos da unidade, com a Igreja em Jerusalém alegremente proclamando a Ressurreição, mesmo quando ela carrega a dor da cruz. A Ressurreição de Jesus é hoje para os cristãos em Jerusalém a força que lhes permite a permanência constante no seu testemunho, no trabalho para a liberdade e a paz na Cidade da Paz.

O dia 8 conclui a caminhada com um chamado das Igrejas de Jerusalém para um trabalho mais amplo de reconciliação. Mesmo se os cristãos conseguirem unidade entre eles, sua tarefa não estará completa, porque eles precisam se reconciliar com outros. No contexto de Jerusalém, isso significa relacionamento entre palestinos e israelitas; em outras comunidades, os cristãos são desafiados a buscar justiça e reconciliação em seu próprio contexto.

O tema de cada dia foi, portanto, escolhido não apenas para nos recordar a história da Igreja dos primeiros tempos, mas também para nos trazer à mente as experiências de cristãos em Jerusalém hoje, e para convidar todos nós a uma reflexão sobre como podemos trazer essa experiência para a vida de nossas comunidades cristãs em cada local.

Durante esta caminhada de oito dias, os cristãos de Jerusalém nos convidam a proclamar e dar testemunho de que a Unidade – em seu sentido pleno de fidelidade ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações – nos dará a possibilidade de, juntos, superarmos o mal, não só em Jerusalém, mas no mundo inteiro.

Fonte: Zenit.org

17/01/2011

Centro de Solidariedade de Macapá concorre ao prêmio nacional da Central Única de Favelas

O Centro de Solidariedade João Paulo II, localizado no bairro Zerão, zona sul de Macapá, foi o grande vencedor da etapa estadual do Prêmio Anu 2010, iniciativa da Central Única de Favelas (CUFA), sediada no Rio de janeiro. O objetivo do prêmio é chamar a atenção da sociedade para os projetos socioculturais que impactaram positivamente as comunidades populares durante o ano passado.
O Amapá apresentou cinco projetos sociais, entre os quais o Reforço Escolar do Centro João Paulo II, considerado o melhor pelo jurado da CUFA. Agora o centro concorre ao Premio Nacional com votação popular no site WWW.cufa.org.br no período de 07 de janeiro a 07 de fevereiro. A coordenadora do Centro, Andréia Leite, quer intensificar campanha para somar votos pela internet, e além da premiação estadual, buscar o prêmio nacional, concorrendo com projetos de sociais de todos os estados e Distrito Federal.
O Centro de Solidariedade João Paulo II, fundado em maio de 2000, é uma entidade jurídica sem fins lucrativos, que tem por objetivo a promoção social e educacional de crianças e adolescentes na faixa etária de 07 a 15 anos, em situação de vulnerabilidade sócia social, através da prática de reforço escolar, atividades sócio-recreativas e complementação alimentar. Atualmente o Centro atende 110 crianças no município de Macapá e 60 no município de Laranjal do Jarí. O centro surgiu da iniciativa de integrantes do Movimento Católico Comunhão e Libertação da Diocese de Macapá e presente em dezenas de países,
Centro está desenvolvendo este mês a Colônia de Férias das crianças e adolescentes que participam do Projeto Reforço Escolar e que moram no entorno da casa, que trabalha também em parceria com outras instituições e empresas, entre as quais a Eletrobras Eletronorte.
A Festa de entrega das estatuetas de ouro, para os 27 melhores projetos do Brasil será no dia 07 de Fevereiro de 2011, no Theatro municipal do Rio de Janeiro. E o melhor projeto do ano recebe o Prêmio Anú Preto como a melhor iniciativa brasileira em 2010.
Segundo o site da Central o Anu-Preto, símbolo da CUFA, é um pássaro presente em todo o Brasil, encontrado em pastagens, campos, jardins, entre outras áreas abertas. Durante o período colonial, os portugueses e espanhóis usavam este nome para insultar os escravos e as pessoas de pele muito negra. O tempo foi se tornando aliado do preconceito contra esse pássaro - bem como contra os negros - fazendo com que a ave fosse culturalmente odiada pela população. A ave se transformou oficialmente no símbolo do agouro.
A CUFA, mantendo a sua posição de quebrar os paradigmas, sobretudo os aplicados contra a população já estigmatizada, escolheu o Anu como o seu maior símbolo, a fim de fortalecer a cultura negra. A Central Única de Favelas desenvolve seus projetos visando o fortalecimento da cidadania, trabalhando o social e o Prêmio Anu vem para valorizar e reconhecer publicamente iniciativas desenvolvidas em favelas e demais espaços em desvantagens sociais, gerando bem comum para a população, auto-estima das comunidades, trabalho, renda, qualidade de vida e equilíbrio social.
Contatos: 3241-4994/ 99044940 (Andréia Leite – coordenadora do Centro JP II)
Endereço: Rua Cabo Maurício, 541 – entre Eurico dos Santos Barbosa e Maria Lúcia Brandão – bairro Zerão.
Oscar Filho - Jornalista Amapaense
(Divulgação por email)


Hoje pela manhã, na leitura do Evangelho do dia lembrei de uma música. Se chama Vinho Novo, gravado pela Banda Bom Pastor e Pe. Zeca, no CD Deus é 10 ! Peço ao Espírito Santo que torne meu coração um coração novo com sua presença.
Partilho com vocês trecho do Evangelho, a letra música e um ensinamento de Pe. Dudu (Niterói-RJ) sobre o tema "Avivamento". Deixemos o Espírito, por intercessão de Nossa Senhora de Pentecostes e da Beata Elena Guerra, avivar nosso coração.

21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos”. (Mc 2, 21-22)

Música: Vinho Novo.
O amor me faz compreender
que me basta o que vem de meu Deus
A graça que me sustenta vem do Espírito de Deus.

Então vem, Espírito Santo com tudo que tens e tudo que és Oh, oh! Vem, Espírito de Deus do alto de Tua casa

Traz vinho novo aos odres meus.
E não me deixa esquecer que o caminho que trilho é de cruz
E que apesar dos espinhos à eterna vida me conduz.

http://letras.ms/1TgP

AVIVAMENTO CATÓLICO
(Pe. Dudu)
A primeira impressão que causa a palavra “avivamento” pode não gerar muita credibilidade no nosso âmbito católico, porém, é somente uma má impressão. Precisamos recuperar os termos e significados que dizem respeito ao Cristianismo inteiro, e quero crer que a realidade presente neste termo nos seja necessária também hoje. Precisaríamos apenas do que os escolásticos chamavam de “Aclaratio terminorum”, isto é, esclarecer bem o termo.

O Avivamento é o mover histórico e profético do Espírito Santo em todos os povos, culturas e em todos os tempos. É uma graça que provém do Trono do Pai e do Coração do Filho. Para nós, católicos, pode ser mediada também por Maria, mulher cheia do Espírito Santo, e sem a qual a Igreja não percebe plenamente a graça de Pentecostes. O Avivamento é um Dom Trinitário e uma Graça Eclesial!

Em sua quarta carta ao Papa Leão XIII, pedindo a renovação da Igreja e o retorno ao Espírito Santo, a Beata Elena Guerra (1835-1914) falava de um “reavivamento universal para tantos cristãos tíbios”. Acredito também que quando o Vaticano II, na Lumen Gentium 8, fala que a Igreja precisa “sempre da necessidade de purificar-se” e que “busca sem cessar penitência e a renovação”, é uma forma de dizer: A Igreja precisa sempre de avivamento!

O Avivamento é sempre o despertar do Espírito em indivíduos que se abrem a Deus em épocas relativamente difíceis. É sempre uma iniciativa do Espírito que acaba gerando uma renovação espiritual, incidindo de alguma forma com algum tipo de reforma social, sempre em oposição as estruturas de pecado e morte.

O Avivamento é um poderoso derramar-se do Espírito. E por isto, ele acompanha toda a história da salvação. Da ação do Paráclito na criação até a constituição da Igreja de Cristo na era apostólica, Deus nunca privou a humanidade de chuvas de avivamentos.

Avivamento é o que Aparecida pede quando afirma: “Necessitamos de um novo Pentecostes!”. E ainda: “Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito Santo que renove nossa alegria e esperança”.

O Avivamento é também um movimento de santidade na medida em que o Espírito comunicado gera novos homens e mulheres de Deus para um mundo novo. Gera no crente a certeza de fé que Deus é o amigo do homem, sente-se a presença do Senhor de maneira excepcional, misteriosamente visível. São como ondas espirituais que se derramam no coração e na vida como no tempo dos apóstolos. O Avivamento é o Espírito vivendo ativamente no coração do crente que lhe é dócil! Avivamento não é sentir, mas saber que Deus está em mim e eu estou em Deus. E isto é obra do Espírito!

Acrescento algo as caracteristicas do avivamento até agora citadas, que li de uma literatura protestante: “Para o avivamento acontecer na vida de um crente ou de um grupo de crentes, precisa haver arrependimento. No passado, quando um avivamento acontecia, as pessoas eram confrontadas pelo seu pecado e o confessavam. Até que isso ocoresse, ninguém era avivado”. De outra maneira, podemos dizer que o avivamento é uma graça também para o arrependimento e a mudança de vida, a conversão. Tal avivamento pode mudar um indivíduo, uma família, uma Igreja, uma comunidade, os povos do mundo...

E por falar desta experiência no mundo protestante, o Avivamento, acabou sendo a principal ferramenta de trabalho do Pentecostalismo, movimento carismático cristão que estava destinado a mudar a face do Cristianismo do século XXI. Interessante hoje é saber que mesmo entre os carismáticos protestantes, se reconhece o protagonismo de Leão XIII e Elena Guerra como os iniciadores do século XX, conhecido por eles como “o século do Espírito Santo”. Isto é prova que o autêntico avivamento passará sempre pela verdadeira Igreja de Cristo e chegará as outras comunidades cristãs não católicas através da oração cristológica e pentecostal da nossa Igreja. Afinal de contas, o Espírito sopra onde quer e o avivamento não é monopólio de católicos ou protestantes. Ele está destinado a todos os homens e mulheres que estejam de coraçào aberto para receber o Doce Hóspede da Alma.

O desejo ardente de ver a glória de Deus, me disse um dia uma mulher carismática católica, o desejo de vê-lo face a face é uma das chaves mais importantes para o avivamento e para o cumprimento dos propósitos de Deus sobre a Terra.

Em outro ocasião ela me disse: “Só experimentamos um avivamento, quando algo que estava morto, volta a vida”. Sim, irmãos, o avivamento é o mover sobrenatural do Espírito, Senhor que dá a vida, tocando novamente o natural para restituir a vida divina no coração do homem frequentemente saqueado pelo demônio e seus anjos.

O Avivamento, enfim, passa pelo sofrimento. Não existe avivamento sem dor....Existe um preço pelo avivamento. Estamos dispostos a pagá-lo? E tenho a ligeira impressão que o pagamento começa dentro de nossas próprias casas (em nossas famílias) e dentro da casa do Espírito, que é a Igreja.

Que o Espírito nos faça instrumentos seus para que um novo avivamento venha logo sobre a face da terra, reacendendo em nós a chama que o mundo busca apagar e que Jesus quer espalhar sobre o mundo todo.

Em Cristo e no Espírito,

Fonte: www.elenaguerra.com