quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Campanha da Fraternidade 2013 será apresentada em Natal

A Campanha tem um forte poder de evangelização
Por Rádio Vaticano
 
Natal (RV) - A programação de lançamento nacional da próxima Campanha da Fraternidade (CF), cuja temática será juventude, está definida. O planejamento foi feito durante reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 19 de setembro, em Natal (RN). A próxima edição da CF, em 2013, celebra os 50 anos da criação da iniciativa. Ao abrir a reunião, o Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da Arquidiocese de Natal em sediar o lançamento da CF 2013.

“Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo. O Assessor da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Padre Luiz Carlos lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade.

“A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP, da CNBB. Para o lançamento, ficou definida uma visita ao Município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.

Segundo o Padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva. Também participaram da reunião o Assessor da Comissão Episcopal para a Juventude, Padre Carlos Sávio Ribeiro; o bispo referencial para a juventude no Regional Nordeste 2, Dom Bernardino Marchió; o bispo referencial para Campanhas para o Regional Nordeste 2, Dom Francisco Lucena; além das coordenações de Campanhas do Regional e a coordenação arquidiocesana do Setor Juventude.

Origem da CF

A primeira Campanha foi realizada na Arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da Arquidiocese. A comunidade rural Timbó, no Município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez. O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do Administrador Apostólico da Arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty.

Dizia, então, Dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”. A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB criou a Campanha da Fraternidade. (SP – CNBB)

A questão de Deus no continente digital

“o Papa está plenamente consciente dos limites das novas tecnologias"
Por Radio Vaticano 
 
Cidade do Vaticano – A questão de Deus no continente digital. Este é o título de um artigo publicado na edição desta quinta-feira do jornal vaticano L’Osservatore Romano pelo Presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.

Segundo ele, a nova evangelização, tema do próximo Sínodo dos Bispos, deve passar pelo debate sobre Deus no “mundo digital”.

“Estamos perante uma cultura – e o magistério pontifício fala precisamente de uma ‘cultura digital’ - que é originada pelas novas tecnologias comunicativas e que constitui um grande desafio para a comunidade eclesial”, escreve Dom Celli.

O arcebispo italiano lembra que o Instrumento de Trabalho (Instrumentum laboris) da 13ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro, no Vaticano, dedica quatro parágrafos (59-62) ao tema dos meios de comunicação no contexto da nova evangelização, com um título ‘As novas fronteiras do cenário comunicativo’.

Segundo o Presidente do Pontifício Conselho, “o Papa está plenamente consciente dos limites das novas tecnologias e de algumas influências negativas que elas exercem especialmente no mundo juvenil, mas não as teme”.

“É necessário reafirmar que chegou o momento também de continuar a preparar cominhos que conduzam à Palavra de Deus, sem deixar de dedicar uma atenção especial a quem se encontra na condição de busca, aliás procurando mantê-la viva como primeiro passo da evangelização”, acrescenta Dom Celli.

O Instrumento de Trabalho do próximo Sínodo sublinha as “enormes possibilidades” e os “grandes desafios” que as novas tecnologias da comunicação colocam à Igreja Católica.

“Não há lugar no mundo de hoje que não possa ser alcançado e, por isso, não estar sujeito à influência da cultura mediática e digital, que progressivamente se estrutura como o ‘lugar’ da vida pública e da experiência social”, refere o texto.

“É pedida aos cristãos a audácia de frequentar estes ‘novos areópagos’, aprendendo a dar uma valorização evangélica, encontrando os instrumentos e os métodos para tornar audível também nestes lugares”, acrescenta o documento, disponível em oito línguas, incluindo o português, através da página do Vaticano na internet (vatican.va).

A próxima assembleia sinodal, de 7 e 28 de outubro, é dedicada ao tema ‘A nova evangelização para a transmissão da fé cristã’.
(BF-Ecclesia)