quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Padre Lombardi faz declaração sobre bispo chinês

Foto: Stie IPCO
“A situação continua grave
Por Rádio Vaticano

“A Santa Sé não dispõe neste momento de informações diversas daquelas divulgadas pelos meios de comunicação”. Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa vaticana, responde assim às perguntas dos jornalistas que pediam notícias sobre a situação do bispo auxiliar de Shangai, Dom Thaddeus Ma Daqin, ao qual – segundo referiram fontes de agências – teria sido revogada a nomeação pelas autoridades chinesas. O prelado se encontra em prisão domiciliar.

No dia da sua ordenação, 7 de julho último, Dom Ma Daqin tinha apresentado demissão como membro da Associação patriótica, o organismo que controla a Igreja chinesa em nome do Estado.
Na sua resposta aos jornalistas, Padre Lombardi recordou as palavras do Cardeal Filoni, Prefeito da Propaganda Fide, que numa recente entrevista à revista Tripod sobre a posição da Santa Sé havia afirmado: “A situação continua grave. Alguns bispos e sacerdotes estão segredados ou privados da própria liberdade, como recentemente ocorreu no caso do Bispo Ma Daqin de Shanghai por ter declarado a sua vontade de dedicar-se ao ministério pastoral em tempo intergral, deixando de lado cargos que, entre outras coisas, não são nem mesmo de competência de uma Pastor. O controle sobre pessoas e sobre instituições aumentou e se recorre sempre mais facilmente a sessões de doutrinamento e a pressões”.

E Dom Filoni conclui com uma pergunta: “Diante da falta de liberdade religiosa ou na presença de fortes limites não toca a toda a Igreja defender os legítimos direitos dos fiéis chineses e primariamente à Santa Sé de dar voz a quem não tem?”. (SP)


China: em sagração novo bispo renuncia ao regime e “desaparece”

Reprodução: Site IPCO 03/08/12

A sagração do novo bispo auxiliar de Xangai, combinada entre o governo comunista chinês e a Santa Sé, teve um desfecho inesperado., noticiou “La Vie”.
Na hora da sagração o agora novo bispo Dom Thaddeus Ma Daqin, recusou a imposição das mãos de Dom Zhan Silu, bispo “oficial” de Mindong não reconhecido por Roma e afiliado à ditadura anticristã. Também se recusou a receber a comunhão desse bispo ilegal.
Em sua homilia, Dom Thaddeus, que era membro do Comitê Nacional da Associação Patriótica, disse: “Eu acredito que não convém continuar servindo a Associação Patriótica”.
O povo aplaudiu vivamente a declaração e verteu torrentes de lágrimas diante de uma coragem que há muito os líderes da Igreja não exibem.
D. Ma Jaqin não podia ignorar o preço de sua atitude: ele “desapareceu” após a cerimônia.
O regime alega que “foi repousar porque sofria de esgotamento físico e moral” no seminário da cidade. Mas, o sofisma faz pensar em alguma forma de intimidação psicológica ou até prisão.
Em Hong Kong, as autoridades eclesiásticas julgam que ele está prisioneiro de fato.

 


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