quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Eu e minha casa serviremos ao Senhor

Por Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará

A frase é de uma das maiores personalidades do século XX, Mahatma Gandhi, que conduziu seu país, a Índia, assim como muitos outros, a encontrarem o caminho da independência e da democracia, através da não violência ativa: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Viver para servir! Proposta desafiadora, fonte de realização para todos os seres humanos, caminho de felicidade. Parece-nos encontrar aí uma das muitas Sementes do Verbo de Deus plantadas na sabedoria e na prática religiosa da humanidade, pois a própria Palavra Eterna do Pai encarnada, Jesus Cristo, mostrou a que veio, abrindo perspectivas novas para seus discípulos e para toda a humanidade: "Eu vim não para ser servido, mas para servir e dar a vida por resgate de muitos" (Mc 10,45). Jesus Cristo veio ao mundo para fazer a vontade do Pai, para servir. 

O Antigo Testamento reporta a história de Josué, a quem foi dada a tarefa de introduzir o Povo de Deus na Terra prometida. Como havia acontecido na chamada Assembleia do Sinai, quando Moisés, em nome de Deus, pediu ao povo, conhecido pela sua cabeça dura, a definição de rumos, diante da Aliança estabelecida, também em Siquém se reúnem todas as tribos de Israel (Js 24,1-18). A escolha de Josué, em nome de toda a sua família, é muito clara: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”! Nas diversas etapas da história da Salvação, retorna a provocação positiva que toca no mais profundo da liberdade humana. Trata-se de escolher o serviço a Deus, optar pela fidelidade à sua Palavra, cumprir seus mandamentos, assumir a missão confiada àquele povo escolhido. A resposta do povo de Deus a Josué é decidida: “Nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus” (Js 24,18). Durante os séculos que se seguiram, continuamente o Senhor enviou emissários que o chamaram de novo à fidelidade!
Veio Jesus, chamou discípulos, começou uma nova forma de viver, do meio deles escolhe apóstolos, cria relacionamento diferente, acolhe crianças, chama justos e pecadores, derruba barreiras culturais e religiosas, abre a estrada da fraternidade. Também o Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, entra no maravilhoso jogo de provocação à liberdade humana. Depois das primeiras etapas da pregação do Reino e da constituição de uma nova comunidade de irmãos, os chamados evangelhos sinóticos pede aos discípulos uma definição: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Cf. Mt 16,13-20; Mc 8,27-30; Lc 9,18-21). Já o Evangelho de São João, no texto que a Igreja proclama no vigésimo primeiro Domingo do Tempo Comum (Jo 6,60-69), traz uma pergunta altamente provocante, após a multiplicação de Pães e o Discurso de Jesus sobre o Pão da Vida: “Vós também quereis ir embora?” Vem de Pedro a resposta que continua a ressoar pelos séculos: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus!” Os discípulos aprenderam a seguir Jesus, a partir da fé professada naquele que é o Santo de Deus, Messias, Cristo, Filho de Deus. A Igreja não se cansará de proclamar a mesma fé em Jesus Cristo, até o fim dos tempos.

Após a Ressurreição e Ascensão de Cristo e o Pentecostes, foi chamado aquele que, perseguidor implacável, veio a ser Apóstolo das gentes. É o próprio Paulo que conta, numa das narrativas de sua conversão, a pergunta que brota no coração de todas as pessoas que se encontram com Jesus Cristo: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 22,10) A graça do apostolado continua a se multiplicar na Igreja. Quantas pessoas são chamadas a servir ao Senhor no anúncio da Boa Nova da Salvação, nos ministérios e serviços existentes nas Comunidades Cristãs! Que profusão de carismas suscitados pelo Espírito no coração da Igreja, através dos quais as palavras do Evangelho são postas em prática e “lidas” nas inúmeras obras de caridade e de serviço existentes em toda parte! E como não reconhecer a beleza do serviço prestado por homens e mulheres, adultos e jovens, que desempenham a missão de catequistas em nossas Paróquias?

São todas pessoas que experimentaram a graça do seguimento de Jesus e não podem se calar. São leigos e leigas que nos serviços internos da Igreja, nas inúmeras frentes de trabalho apostólico e na caridade, podem dizer com o Apóstolo São Paulo: “Anunciar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!” (1 Cor 9,16). Por isso fixam os seus corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Com todas estas pessoas, agradecemos a Deus pelo mês dedicado às vocações. Em sua conclusão, temos o direito e o dever de acolher as novas e muitas vocações para o serviço ao Senhor e à sua Igreja.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Evangelização através do Esporte

Uniforme Seleção do Bahrein/PJ Macapá

Pastoral da Juventude da Diocese de Macapá na Copa Marcilio Dias 

Em sua 50° edição a tradicional Copa do Mundo Marcílio Dias reune todos os anos um número significativo de seleções e público. Evento que faz parte da cultura local e que movimenta a Praça de Nossa Senhora da Conceição este ano traz grande novidades, a abertura oficial apresentou algumas delas. 

Durante o desfile  de apresenta das 153 seleções que estarão disputando as premiações uma em especial chamou atenção, a da estreiante Bahrein. Na verdade, a seleção que traz o nome do país do Oriente Médio, trata-se de um misto de jovens membros da Pastoral da Juventude da Diocese de Macapá, oriundos de vários grupos juntaram-se para levar ao campo o "rosto jovem" da Igreja Católica aproveitando o espaço para com testemunho autentico anúnciar a Jesus Cristo através do esporte.

Recentemente, por ocasião das Olimpiadas de Londres, o Papa Bento XVI incentivou à prática esportica como uma forma de gerar no mundo a fraternidade entre as nações e entre as pessoas. Neste sentido a PJ Diocese de Macapá vestiu a camisa e com seu grito de guerra "Eu vim do Suuuul, eu noooorte, sou da PJ e por isso grito foooorte: Bahrein ê ô, Bahrein ê ô!!!!" deseja testemunhar sua fé em Cristo e apresentar Seu rosto jovem a tantas outras pessoas, como a outras torcidas, evangelizando através do Esporte.

Na próxima sexta-feira (24/08) a juventude católica PJteira estreia nos jogos contra a Seleção da Irlanda, as 19hs

Inscrições para peregrino da JMJ 2013

Por CançãoNova.com
 
A partir da próxima terça-feira, 28, os jovens de todo o mundo poderão fazer suas inscrições para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá de 23 a 28 de julho de 2013, no Rio de Janeiro. As informações necessárias para efetuar o cadastro corretamente podem ser encontradas no Manual de Inscrições do Peregrino, no site oficial da JMJ

"A inscrição no portal oficial da JMJ Rio2013 representa uma pré-reserva. A confirmação da inscrição é o pagamento", explicou a diretora do Setor de Inscrições da JMJ Rio2013, Irmã Maria Shaiane Machado. Com a pré-reserva, o peregrino poderá optar pelo seu pacote - alojamento, alimentação, seguro, kit, etc., - e a comissão organizadora do evento poderá se organizar para acolhê-lo.

Desde o último dia 31 de julho, está disponível online o Manual de Inscrições de Peregrinos. Nele estão todas as orientações necessárias para preparar da melhor forma o grupo. As inscrições serão feitas em grupo por meio de um responsável (chamado de “responsável principal”). Além desse, haverá um “segundo responsável”. Para grupos mistos, preferencialmente um responsável masculino e um feminino.

Os valores têm variações, tanto da modalidade dos pacotes (que poderão ou não incluir hospedagem e alimentação), quanto por classificação dos países. Para ajudar que peregrinos de países economicamente mais pobres possam participar das JMJs, eles são classificados nas classes A, B e C.

 A classificação dos países e os tipos de pacotes definem os valores. Serão 21 tipos de pacotes com valores que variam de R$ 100,70 a R$ 577,60. Esses valores são válidos até 31 de janeiro de 2013, incluindo um desconto de 5%. Após esse período, as variações são de R$ 106,00 a R$ 608,00.

Os grupos deverão ter até 50 peregrinos, incluindo os responsáveis. Grupos maiores deverão ser divididos em subgrupos de até 50 pessoas, que poderão estar vinculados entre si por um grupo principal. A vinculação entre os grupos não garante que todos ficarão juntos. A hospedagem oferecida pelo COL será por região linguística. Também outros fatores podem ser decisórios, como por exemplo, a distância dos pagamentos entre os grupos.

As inscrições serão realizadas exclusivamente online, através do portal oficial da Jornada - www.rio2013.com. "Incentivamos a todos a fazerem inscrições em grupo, que podem ser formados nas paróquias, comunidades, movimentos católicos, escolas, universidades", diz irmã Shaiane.

Os candidatos ao voluntariado que não forem selecionados deverão fazer a inscrição como peregrinos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Comunidade Católica Shalom realiza Congresso para as famílias

Congresso Nacional das Famílias Shalom
Por Jefferson Souza, com Portal comshalom.org
 
Com o tema "Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna" ( Jo.6,68), a Comunidade Católica Shalom realiza de 23 a 26 de agosto de 2012 a 18ª edição do Congresso Nacional das Famílias Shalom com a proposta de ser "um chamado à sociedade cearense para rever os valores da família".

Diante das situações a que as famílias de hoje estão sujeitas, tais como descriminalização do aborto, divórcio online, união homoafetiva, dentre outros, o Congresso pretende discutir a postura da Igreja e o desafio desta época diante desta realidade. Para a organização " são muitos os assuntos polêmicos que permeiam e (des)norteiam nossa sociedade. Para tratar sobre essas e outras temáticas atuais relacionadas à família e à vida" 

O evento contará com a participação dos pregadores Moyses Azevedo (Fundador e Moderador Geral da Comunidade Católica Shalom), Pe. Silvio Scopel (Sacerdote Consagrado da Comunidade Shalom) e Jorge e Ana Cecília (Consagrados da Comunidade Aliança em missão no Chile). A programação reserva momentos de louvor, adoração ao Santíssimo Sacramento, Santa Missa de abertura com Pe. Antônio Furtado e muita oração.

Incrições:

Adulto (e jovens a partir de 16 anos) R$ 10,00 até o dia 18/08 e R$ 15,00 a partir do dia 19/08 + 1 kg de alimento não perecível.
  - De 5 a 15 anos R$ 5,00 + 1 kg de alimento não perecível.
  - De 0 a 4 - entrada franca.
     Observação: Cada quilo de alimento não perecível deverá ser entregue no momento do credenciamento do Congresso das Famílias (Ginásio Paulo Sarasate);
 
Local: Missão Fortaleza: Nas livrarias dos Centros de Evangelização da Comunidade Shalom.
Demais cidades: A realização das inscrições das missões fora de Fortaleza será feita pelo site do Projeto Familia ou via e-mail  com pagamento através de depósito bancário na do Banco do Brasil (agência  3646-3, Conta 10834-0, Conta Corrente em nome do responsável pelas inscrições das missões: Paulo de Tarso Barbosa Vianna Junior). Logo apos o depósito deverá ser enviado por e-mail o comprovante eletrônico escaneado para o e-mail: Paulo Júnior ( pjvianna@gmail.com).

Mais informações no site da Comunidade Shalom

Dois conversos ao catolicismo se ordenam sacerdotes em Cuba

Por ACI Digital

A Diocese da Santa Clara (Cuba), desde o dia 11 de agosto conta com dois novos sacerdotes, os convertidos Neldo José Hernández Alonso e Maykel Águila Moya, que acolheram a fé católica na adolescência a pesar do processo de descristianização iniciado pelo regime comunista em 1959.
Conforme informou a página da Conferência de Bispos Católicos de Cuba (COCC) no Facebook, a cerimônia foi presidida pelo Bispo de Santa Clara, Dom Marcelo González Amador, que agradeceu a Deus pelos novos sacerdotes e às famílias e comunidades cristãs por tê-los acompanhado na sua vocação.
Do mesmo modo, o Prelado recordou aos novos presbíteros que o sacerdócio é um grande presente que exige vocação e fidelidade a Cristo, ao Bispo e à comunidade que servirão. Dom González indicou que seu caminho não estará isento de tentações, mas os animou a não ter medo e confiar no Senhor.
É difícil ser católico
Os novos sacerdotes, ambos de 33 anos de idade, cresceram em famílias que pouco a pouco foram deixando de lado a prática religiosa devido à pressão social e ao perigo que implicava ser católico em Cuba.
"Nasci em uma família de grandes valores humanos, mas não fundamentados nos valores e na fé cristã que realmente são os mais importantes. A prática religiosa na minha família desgraçadamente foi sendo deixada de lado por falta de prática, por pressão social ou medo", relatou o agora Pe. Maykel Águila Moya.
Em uma nota publicada em 2009 pelo blog Creerencuba.org, o então seminarista relatou que ele não foi batizado quando era pequeno.  "Manifestar certas crenças religiosas poderia prejudicar-nos na sociedade", declarou.
"Minha mãe quando era pequena ia à igreja e recebeu os sacramentos de iniciação cristã, mas quando as coisas foram mudando a fé foi ficando só na lembrança. Eu sempre me perguntava quando pequeno, por que na escola apontavam e olhavam diferente para os que iam à Igreja; porém, para mim eles eram os melhores alunos e os mais educados".
Entretanto, foi a morte de seu pai –quando tinha 13 anos-, o que fez que questionasse "sobre a existência humana e sobre a vida depois da morte".
"Alguns amigos me convidaram para ir à Igreja (…) desde esse momento tudo mudou na minha vida, fui conhecendo quem é Jesus de Nazaré", afirmou.
"Vivi minha juventude como um jovem comum, com ilusões, esperanças, trabalhos, carências como outros cubanos, mas com a diferença de que sei que tenho um Deus em quem confiar, e com Ele não devo temer a nada nem a ninguém, pois Ele sempre está ao meu lado", expressou.
Uma experiência similar viveu Neldo Hernández. Também em uma nota publicada no blog Creerencuba.org, o então seminarista recordou que quando era pequeno era levado pela sua avó à igreja Sancti Spíritus. Entretanto, as "inconveniências" que isto podia trazer, fez com que ela parasse de leva-lo.
Entretanto, aos 14 anos pediu para ser batizado e retornou à Igreja "como o filho pródigo, golpeado pela vida, maltratado por eleições próprias e outras alheias".
A partir daí afirmou que "tenho descoberto que Deus se aproveita inclusive dos muros que os outros levantam para sair ao nosso encontro. Que quem está caído e afastado encontrará os braços abertos de um Pai  estendidos de um Filho, do mesmo modo que eu experimentei".

Bento XVI: deixemo-nos surpreender pelas palavras de Cristo

Oração do Angelus 
Por ACI Digital 
 
Neste domingo, 19, em suas palavras prévias à oração do Angelus, o Papa Bento XVI convidou os fiéis a deixar-se surpreender novamente pelas palavras de Cristo e redescobrir a beleza do sacramento da Eucaristia.

“Deixemo-nos, também nós, novamente surpreendermo-nos pelas palavras de Cristo: Ele, semente de trigo lançada nos sulcos da história, é a primicia da humanidade nova, liberada da corrupção do pecado e da morte”, disse Bento XVI ante os milhares de peregrinos reunidos em sua residência do verão em Castel Gandolfo.
Além disso, o Papa convidou os presentes a redescobrirem “a beleza do Sacramento da Eucaristia que expressa toda a humildade e a santidade de Deus: seu fazer-se pequeno –Deus se faz pequeno- parte do universo que quer reconciliar a todos em seu amor”.

Ao explicar o Evangelho deste domingo recordou a parte culminante do discurso de Jesus na sinagoga de Cafarnaum, depois de que no dia anterior deu de comer a milhares de pessoas com apenas cinco pães e dois peixes.
É aí onde “Jesus revela o sentido daquele milagre, quer dizer, que o tempo das promessas se cumpriu: Deus Pai, que com o maná saciou a fome dos israelitas no deserto, agora o mandava a Ele, Filho, como verdadeiro Pão de vida eterna, e este pão é sua carne, sua vida, oferecida em sacrifício por nós”, expressou.

O Santo Padre explicou que na Eucaristia “se trata portanto de acolhê-lo com fé, não escandalizando-se de sua humanidade; e se trata de ‘comer sua carne e beber seu sangue’, para ter em nós mesmos a plenitude da vida”.

“É evidente que este discurso não foi feito para obter beneplácitos. Jesus sabe e o pronuncia intencionalmente; e naquele efeito foi um momento crítico, um giro em sua missão pública".

O Papa sublinhou que "o povo, e os próprios discípulos, eram entusiastas Dele quando realizava sinais prodigiosos; e também a multiplicação dos pães e dos peixes era uma clara revelação do Messias, tanto assim que imediatamente depois a multidão queria levar Jesus em triunfo e proclamá-lo rei de Israel”.

Mas certamente esta “não era a vontade de Jesus, que com aquele extenso discurso termina com o entusiasmo e provoca muitos desacordos. Ele, com efeito, explicando a imagem do pão, afirma ter sido mandado para oferecer a própria vida, e que, quem quer segui-lo deve unir-se a Ele de modo pessoal e profundo, participando do seu sacrifício de amor”.

Bento XVI explicou que esta é a razão pela qual Jesus, instituiu na última ceia o Sacramento da Eucaristia, para que assim, os discípulos pudessem ter em si mesmos sua caridade, como um único corpo unido a Ele, prolongar no mundo seu mistério de salvação.

"Escutando este discurso, o povo compreendeu que Jesus não era um Messias como eles queriam”, que “não procurava o consenso de todos para conquistar Jerusalém, e mais ainda, queria ir à cidade Santa para compartilhar a sorte dos profetas e dar a vida por Deus e pelo povo".

O Santo Padre explicou que “aqueles pães, partidos para milhares de pessoas não queriam provocar uma marcha triunfal, e sim prenunciar o sacrifício da Cruz, no qual Jesus se faz Pão, corpo e sangue oferecidos em expiação pela vida do mundo”, e além disso, com seu discurso pretendia desiludir as multidões e “sobre tudo, provocar uma decisão em seus discípulos. Com efeito, muitos entre eles, a partir de então, já não o seguiram”.

“Aproximemo-nos com fé e alegria a este mistério e saciemos nossa alma com o pão da imortalidade”, concluiu Bento XVI.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Santuário Nacional recebe exposição "Padroeiras da América Latina"

Por Portal A12

Os fiéis que visitarem o Santuário Nacional poderão prestigiar a exposição ‘Padroeiras da América Latina’, no subsolo da Basílica. O artista plástico José Roberto Leite apresenta, em telas pintadas, os mais diversos títulos com que Maria é honrada em toda América Latina. A exposição foi inaugurada nesta quarta-feira, 15, dia da Assunção de Nossa Senhora.

Estiveram presentes o reitor do Santuário Nacional, padre Darci Nicioli, o diretor da Academia Marial de Aparecida, padre Antônio Clayton Sant'Anna, o Missionário Redentorista, irmão José Mauro Maciel, o prefeito de Igreja, irmão João Batista de Viveiros, o artista plástico José Roberto Leite e diversos associados da Academia Marial e colaboradores do Santuário.

Padre Antônio destacou que a exposição é um pequeno gesto de evangelização e devoção popular. “As telas aqui presentes na exposição ‘Padroeiras da América Latina’ expressam a confiança do povo em Maria”, afirmou o diretor da Academia Marial.

A iniciativa da Academia Marial e do Santuário Nacional quer contribuir para que o mistério da Mãe de Jesus seja cada vez mais aprofundado em sua função. Para o reitor do Santuário, padre Darci Nicioli, esta é mais uma forma de propagar a devoção a Nossa Senhora.

“Em Maria, o mistério de Deus se propagou. É através dela que nos aproximamos do Pai e essa é a sua missão na salvação”, afirmou o reitor.

Estão expostas, no subsolo do Santuário, 24 obras que demonstram que Nossa Senhora ocupa no coração dos brasileiros e dos latino-americanos um lugar especial. As obras ficarão expostas por tempo indeterminado.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Reflexões Espirituais: Um grande sinal


Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará
Deus fala sempre e é necessário apurar os ouvidos diante de suas palavras. Muitas vezes o silêncio é a sua voz (Cf. Is 30,15; Sl 64,2), outras muitas vezes manifesta-se através de pessoas por ele enviadas, cujos gestos e respostas aos apelos do Senhor são altamente eloquentes. Grita bem forte diante da história o sinal que é a Igreja, esposa de Cristo, cuidada com amor por aquele que se entregou para fazê-la santa e imaculada. Sinal de Deus é o fato de ser esta mesma Igreja constituída por homens e mulheres marcados pela fragilidade comum a toda a natureza humana, mas tocados pela graça de Deus, que os conduz progressivamente à estatura de Cristo (Cf. Ef 4,13-16). O mistério de Cristo, luz do Mundo, há de resplandecer na face da Igreja.
Tudo o que se diz da Igreja em geral pode ser aplicado em particular àquela que foi escolhida e preparada pelo Pai do Céu para ser Mãe de seu Filho amado, a Virgem Maria, Imaculada, Assunta ao Céu, sinal de Deus para o mundo. Por outro lado, tudo o que se diz de Maria pode ser aplicado à Igreja no seu conjunto, como graça e vocação (Cf. Ap 11,19; 12,1-10). Ao celebrarmos com a Igreja a Festa da Assunção de Nossa Senhora, deparamo-nos com uma torrente de ensinamentos a serem colhidos com sabedoria, ainda que não sejamos capazes de absorver toda a riqueza dos mistérios de Deus, realizados em santa cumplicidade com a humanidade, nos quais nos envolvemos, com Maria e do modo de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe.
O fato de Deus ter preservado da corrupção a Virgem Maria, elevando-a em corpo e alma, “assumindo-a” na “Assunção”, traz consigo a lição do grande valor dado por Deus a tudo o que é humano. Não nos é lícito desprezar o corpo humano, as realidades terrestres destinadas a contribuírem à realização das pessoas, a beleza da natureza, o relacionamento entre as pessoas. Tudo tem um destino de felicidade e de eternidade, tanto que buscamos um novo Céu e uma nova Terra, onde Deus será tudo em todos! É inclusive condição para a realização humana nesta terra o olhar otimista dos cristãos em relação a toda a criação. Cabe-lhes passar pelas estradas do mundo plantando e colhendo o bem, recuperando a realidade e o sonho oferecidos por Deus no Livro do Gênesis, pois ele nos quer felizes no Paraíso. Nossa vida na terra é ao mesmo tempo saudade e esperança do Paraíso. Em Cristo, Salvador e Redentor, tudo é recapitulado, ganha um novo e definitivo sentido.
Olhar para o grande sinal aparecido do no Céu e dar-lhe um nome – Maria! – traz ainda a grande certeza de termos uma Mãe no Céu, criatura como todos nós, mas escolhida, preservada do mal e elevada à comunhão plena com a Trindade. Um privilégio e uma graça, que a tornou missionária! Ela chegou na frente para mostrar-nos a estrada. Bendita entre todas as mulheres (Lc 1,39-45) para nos mostrar o caminho da benção. Ela é Nossa Senhora da Esperança, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora do Presente e do Futuro! Junto de Deus está a nossa humanidade. Estabeleceu-se um laço definitivo, pelo que nos podemos renunciar a olhar para o Céu e caminhar para lá.
Olhando para aquela que foi assunta ao Céu, parece-me encontrá-la realizada aqui na terra em muitas outras pessoas que trazem os traços de Maria. Dentre tantas, no mês dedicado às diversas vocações na Igreja, volto meu olhar para os homens e as mulheres que descobriram um chamado semelhante ao de Maria, tornando-se sinais da plenitude do Reino de Deus, na vida religiosa. Quando muitos põem toda a esperança nos bens da terra, a vida religiosa proclama a plenitude de Deus, com a bem-aventurança da pobreza, transformada em voto, entrega total de vida, e diz a todos que Deus eleva os humildes, despede os ricos de mãos vazias e sacia de bens os famintos. Com a virgindade e a castidade vividas e testemunhadas, os religiosos e as religiosas reconhecem que Deus olhou para a pequenez de seus servos e servas, e o proclamam senhor de todos os seus afetos, dispostos a construir a fraternidade, não constituindo para si uma família própria, mas suscitando a ternura da família dos filhos de Deus. Ao mundo que luta pelo poder e o domínio de uns sobre os outros, a vida religiosa proclama, com o desafiador voto de obediência – “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” – que Deus derruba do trono os poderosos. Nos religiosos e nas religiosas o Senhor Jesus quer continuar a se fazer servo, obediente até à morte, e morte de Cruz (Cf. Fl 2,1-11). São pessoas que podem ser parecidas com Nossa Senhora, são homens e mulheres “apressados”, desejosos de viver, desde já, os valores da eternidade. Sintam-se reconhecidos e valorizados pela sociedade, pela Igreja e por todas as pessoas que têm sede de Deus e muitos jovens experimentem o chamado a seguir Jesus de perto nesta forma de entrega à Igreja e ao Reino de Deus.
Com Nossa Senhora, com a Igreja e com as pessoas consagradas na Castidade, na Pobreza e na Obediência, pedimos ao Pai, Deus e eterno e todo-poderoso, aquele que elevou à glória do Céu, em corpo e alma a Virgem Maria, que nos faça viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória.

Arcebispo comemora aniversário presbiterial

O Arcebispo Metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, celebra nesta quarta-feira (15/08), seu 39º aniversário de ordenação presbiterial. Para comemorar a data, será realizada uma missa em ação de graças pelo aniversário na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, às 18:30h.

A vontade de se tornar padre surgiu ainda criança na sua cidade natal, Nova Lima, em Minas Gerais. Em 1961, entrou para o Seminário Provincial do Coração Eucarístico de Jesus, onde completou os Ensinos Fundamental e Médio. Em seguida, como seminarista da Arquidiocese de Belo Horizonte, fez os Cursos de Licenciatura em Filosofia e Bacharelado em Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Com apenas 23 anos, em 1973, foi ordenado padre. Esse foi somente o início da grande missão de dom Alberto Taveira que o levou até a direção de uma das maiores e mais antigas Arquidioceses como a de Belém. “Quando um bispo é nomeado para uma Arquidiocese ou Diocese, ele parte com uma missão clara: servir à Igreja. Em prol disso deve destinar todas as suas ações sem medir esforços”, afirmou o Arcebispo. Ele é o 10º Arcebispo a assumir a Arquidiocese de Belém, que é a terceira mais antiga do Brasil, e atualmente conta com cerca de 2 milhões de fiéis. Dom Alberto foi nomeado pelo Papa Bento XVI no dia 20 de dezembro de 2009, após 14 anos como Arcebispo de Palmas. Ele chegou a Belém no dia 24 de março de 2010 e tomou posse na Arquidiocese no dia seguinte.
Dom Alberto também é assistente eclesiástico da CNBB parab a Renovação Carismática Católica do Brasil.