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Dom Pedro Conti |
Artigo Dominical do Bispo de Macapá Dom Pedro Conti.
Por Pascom
Um
rei do Oriente trouxe de uma viagem em terras longínquas uma meridiana
para os seus súditos que ainda não conheciam as horas.
Aquela invenção mudou a vida das pessoas. Olhando a meridiana, todos
aprenderam rapidamente a dividir e a organizar as horas do dia.
Começaram a ser diligentes, pontuais e ordenados. Dessa maneira, em
poucos anos, o reino prosperou e ficaram ricos. Quando
o rei morreu, os súditos, agradecidos, decidiram erigir um monumento
que o lembrasse para sempre. A meridiana, também, era o símbolo e a
origem das suas riquezas e, portanto, resolveram construir ao redor dela
um magnífico templo com a cúpula de ouro. Quando
acabaram de fechar a cúpula, os raios do sol não alcançaram mais a
meridiana e assim aquele fio de sombra, que havia marcado o tempo, em
todos aqueles anos, desapareceu. Em pouco tempo, alguns cidadãos
deixaram de ser pontuais, outros faltaram com a diligência
e outros voltaram a ter uma vida totalmente desordenada. Cada um
resolveu andar pelo seu caminho, fazer as coisas quando e como bem
queria, sem mais nenhuma atenção para os outros. O reino todo foi para a
ruína.