 | | Em 2009, ocorreu o Encontro de Bispos e agentes de pastoral dos países de fronteira com a Amazônia brasileira, em Manaus, no período de 30 de setembro a 4 de outubro, com o objetivo de criar nas Américas consciência sobre a importância da Amazônia para toda a humanidade, estabelecendo entre as Igrejas locais de diversos países sul-americanos, que estão na bacia amazônica, uma pastoral de conjunto com prioridades diferenciadas para criar um modelo de desenvolvimento que privilegie os pobres e sirva ao bem comum. Segundo a Igreja, os países que constituem a Amazônia Continental: Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, enfrentam desafios semelhantes e sofrem as mesmas pressões internacionais. “Urge, assim, discutir toda esta problemática no âmbito da Pan-Amazônia, para catalisar forças e encontrar saídas comuns para os países de fronteira”, dizem os documentos.
Igreja integrada
Segundo a Igreja, a região amazônica, com suas especificidades, |
necessita de uma ação específica e estratégica. As igrejas de fronteira, por exemplo, pretendem fortalecer cada vez mais suas ações integradas a fim de garantir direitos à população da região. Na reunião que ocorreu em 2010, na cidade de Lethem, na Guiana, de 24 a 26 de maio, um compromisso foi assumido pelas igrejas de fronteiras, formadas pela Guiana (Inglesa), Venezuela e Brasil. “Queremos assumir, no caminho da pequenez e na comunhão, o compromisso de fortalecer uma ação integrada para garantir o direito à saúde às populações destas três fronteiras”, concordaram os bispos Dom Francis Alleyne, da República Cooperativa da Guiana; Dom Jesus Guerrero, do Vicariato de Caroní, na Venezuela, e Dom Roque Paloschi, de Roraima, no Brasil, além de religiosos e leigos.
Ir. Maria Irene Lopes, que participou do encontro, disse ter ficado impressionada com a pobreza na Guiana e na Venezuela, especialmente na área da saúde. “Eles (Guiana e Venezuela) se apoiam muito em Roraima, especialmente na questão da saúde”, disse. Irmã Irene visitou, em Roraima, a Casa de Saúde do Índio (Casai), que acolhe indígenas da Guiana e da Venezuela. “As condições da Casai não são boas. Numa sala pequena há mais de 30 redes, que são distribuídas aos índios conforme a etnia. A enfermaria tem apenas uma cama. Um cacique reclamou muito comigo das péssimas condições do local”, conta a religiosa. Segundo a Irmã Irene, a migração e a comunicação também são um desafio muito forte na região. “O povo da Guiana só fala inglês. Os que vão a Roraima em busca de tratamento de saúde têm muita dificuldade de se comunicar por causa da língua”, explica. Para a Irmã, somente a Igreja não consegue resolver os problemas. Segundo ela, é preciso um esforço conjunto dos três países para mudar a situação. “Se ficar só com a Igreja, a ação perde força”, disse.
Comissão Episcopal para Amazônia
Essa comissão da CNBB é a expressão do compromisso dos Bispos do Brasil, selado no pacto de apoio à Igreja da Amazônia, em abril de 2003. O que distingue a CEA das demais Comissões Episcopais da CNBB (as Pastorais e as Especiais) é a característica territorial. A sua organização é pautada, desde o início, por iniciativas visando ao melhor conhecimento da Amazônia e ao espraiamento da ação da Igreja nela, mas a sua ênfase tem sido posta nas funções propriamente eclesiais ou religiosas, em paralelo ou conexão com o trabalho das demais comissões. São membros da Comissão Episcopal para a Amazônia: O Cardeal Cláudio Hummes (presidente), Dom Moacyr Grechi (vice-presidente), Dom Erwin Kräutler, Dom Sérgio Eduardo Castriani e Dom Jaime Vieira Rocha. Todos os programas e projetos visam sensibilizar os brasileiros frente à complexa realidade dessa região, e favorecer o despertar e o aprofundar da consciência missionária, atendendo ao apelo da Igreja local, com projetos e programas de solidariedade.
Programação
O 10º Encontro da Igreja na Amazônia inicia com missa na Catedral de Santarém. Após o jantar, acontecem as boas vindas aos presidentes dos Regionais Norte I, II e Noroeste, seguidas do pronunciamento da Comissão Episcopal para a Amazônia e da presidência da CNBB.
PROGRAMAÇÃO |
DIA 02 de Julho - SEGUNDA-FEIRA 18h Missa de Abertura na Catedral de Santarém 19h30 Jantar no Seminário São Pio X 20h30 Boas-Vindas: Presidente dos Regionais Norte 2, Norte 1 e Noroeste; palavra da Comissão Episcopal para Amazônia, presidência da CNBB; apresentação dos participantes.
Dia 03 de Julho - TERÇA-FEIRA
07h30 Celebração Eucarística no Seminário São Pio X - Testemunho de D. Moacyr Grechi. 08h30 Início dos trabalhos: Retrospectiva Histórica: 1972-2012Mons. Possidônio da Mata 10h45 Análise da Conjuntura Atual da Amazônia 14h45 Trabalho em grupo: Retomando alguns pontos da retrospectiva e da Análise de Conjuntura.
Dia 04 de Julho - QUARTA-FEIRA
07h30 Celebração: Seminário São Pio X - Testemunho de D. Erwin Krautler 08h30 Plenário do dia anterior 09h30 Meditação a partir da Palavra de Deus 10h50 Escolha das equipes responsáveis pela redação da Mensagem ao Povo de Deus na Amazônia, Carta ao Papa, Carta dos Pastores aos governantes da Amazônia ou de cada Estado 14h45 Trabalho em grupos 16h 45 Plenário dos grupos
Dia 05 de Julho - QUINTA-FEIRA
15h20 Sugestão para uma Evangelização Encarnada, Missionária e Profética na Amazônia para os próximos cinco anos 17h Trabalho - Plenário - escolha das principais sugestões 18h30 Celebração Eucarística
Dia 06 de Julho - SEXTA-FEIRA
07h30 Laudes - Seminário São Pio X 8h Apresentação da primeira versão da Mensagem do povo de Deus na Amazônia 10h45 Momento reservado aos bispos: Leitura da primeira versão da Carta ao Papa. 14h45 Carta aos Governantes de cada Estado, Mensagem ao Povo de Deus na Amazônia. 16h30 Carta ao Papa - avaliação 19h30 Celebração de Eucarística de Encerramento. |
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