quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Novo Clip da Banda Yahweh - Neblim
Natal do Papa poderá ser acompanhado em alta definição pela internet

Com o novo serviço, será possível acompanhar a crônica radiofônica em um dos sete idiomas disponíveis para os comentários da Missa do Galo, na sexta-feira, 24 de dezembro, a partir das 22h (hora de Roma); a mensagem de Natal com a bênção Urbi et Orbi de 25 de dezembro, ao meio-dia; e a Missa do Dia Mundial da Paz, em 1º de janeiro, às 10h. Na vigília de 24 de dezembro, também será oferecido o comentário em chinês e, para a celebração de 1º de janeiro, em árabe.
A transmissão poderá ser acompanhada em www.radiovaticano.org, escolhendo a opção "Audio video player", com a qual, além disso, será possível visitar a área "Vatican Tic", que permite visualizar as notícias sobre o calendário das atividades do Santo Padre.
Zenit.org
21/12/2010
Papa e camisinha: Congregação para a Doutrina da Fé publica nota

O texto vai publicado na edição do L’Osservatore Romano desta quarta-feira, 22, e foi disponibilizado pela Sala de Imprensa da Santa Sé em seis línguas.
No capítulo de Luz do Mundo dedicado à sexualidade humana, o Papa fala sobre prostituição. Acerca dessa realidade, o Pontífice ressalta que, quem sabe que está infectado pelo HIV e pode transmitir a infecção, põe em sério risco a vida de outra pessoa, com repercussões ainda na saúde pública.
"Pode haver casos individuais justificados, por exemplo, quando uma prostituta usa um preservativo, e esse pode ser o primeiro passo rumo a uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência do fato de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, essa não é a maneira verdadeira e adequada para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade", explicou Bento XVI no livro.
De acordo com a Nota da CDF, as palavras do Papa não constituem uma alteração da doutrina moral nem da práxis pastoral da Igreja, conforme já havia salientado o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, em nota oficial.
"Foram difundidas diversas interpretações não corretas, que geraram confusão sobre a posição da Igreja Católica quanto a algumas questões de moral sexual. Não raro, o pensamento do Papa foi instrumentalizado para fins e interesses alheios ao sentido das suas palavras, que aparece evidente se se lerem inteiramente os capítulos onde se alude à sexualidade humana. O interesse do Santo Padre é claro: reencontrar a grandeza do projeto de Deus sobre a sexualidade, evitando a banalização hoje generalizada da mesma", explica a Congregação vaticana.
O texto ainda salienta que o Santo Padre nunca disse que a prostituição com o uso de preservativo pode ser licitamente escolhida como mal menor, conforme foi sustentado por alguns grupos.
"A Igreja ensina que a prostituição é imoral e deve ser combatida. Se alguém, apesar disso, pratica a prostituição mas, porque se encontra também infectado pelo HIV, esforça-se por diminuir o perigo de contágio inclusive mediante o recurso ao preservativo, isto pode constituir um primeiro passo no respeito pela vida dos outros, embora a malícia da prostituição permaneça em toda a sua gravidade", diz a Nota.
A Nota da CDF coloca em destaque o fato de que o Bispo de Roma não fala da moral conjugal ou da norma moral sobre a contracepção, mas do caso completamente oposto da prostituição, que a moral cristã sempre considerou gravemente imoral.
"A ideia de que se possa deduzir das palavras de Bento XVI que seja lícito, em alguns casos, recorrer ao uso do preservativo para evitar uma gravidez não desejada é totalmente arbitrária e não corresponde às suas palavras nem ao seu pensamento", esclarece.
Sobre a luta contra o HIV, o texto conclui indicando que os membros e instituições da Igreja devem acompanhar as pessoas e formar para a abstinência antes do matrimônio e a fidelidade dentro do pacto conjugal:
"A este respeito, é preciso também denunciar os comportamentos que banalizam a sexualidade, porque [...] são eles precisamente que representam a perigosa razão pela qual muitas pessoas deixaram de ver na sexualidade a expressão do seu amor".
Leonardo Meira
Da Redação - Portal Canção Nova
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Petição para a campanha da fraternidade de 2013
Clique aqui faça download do abaixo assinado.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Igreja precisa de reformas após escândalo de abusos, diz papa
Orientações para implantação do Ministério Jovem
terça-feira, 26 de outubro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Nós Somos a Igreja da Cruz !
"Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos " (I Cor 1,23)
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio.
"Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!"
Santa Cruz, sede a nossa salvação!
madeiro, pois Jesus com seu sangue nos lavou.
Ele se fez cordeiro e recebeu as dores que nos foram
impostas e na cruz com amor nos libertou.
Ele desceu de sua realeza para se fazer sacrifício por
nós, se aniquilou e se entregou.
E como ovelha muda ao matadouro, não murmurou não
reclamou por nada e decidido pelas nossas vidas,
obediente foi até a morte de cruz.
Oh santa cruz, bendita cruz.
Bendita seja a cruz o amor por ela se revelou, nós
somos a Igreja da cruz por isso a exaltamos senhor.
Não existe mais barreira entre nós por ela o vel do
templo rasgou, o céu esta aberto pra nos o que era
pecado agora e graça sem fim.
http://www.vagalume.com.br/banda-arkanjos/santa-cruz.html#ixzz0zV8bnGkB
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Um fim de semana com Elena Guerra
Natividade de Nossa Senhora

Natividade de Nossa Senhora Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta "casa", que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.
Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.
De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.
Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.
Que tal presentear a Mãe de Jesus neste dia recitando o Terço ou Rosário?
Vamos juntos festejar a Mão do Salvador !
Nossa Senhora, rogai por nós!
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Retidao de Vida e Religiao

Nem sempre podemos constatar, nos dias atuais, que somos uma geração de pessoas retas e íntegras. “Jó era homem íntegro e reto, e se mantinha afastado do mal” (Jó 1,1). Os noticiários, dia por dia nos assustam, nestes tempos de orgulhosa modernidade, descrevendo a ousadia dos que assaltam, invadem residências, matam com requintes de malvadeza, roubam fortunas dos incautos...Durante vários anos prestei atenção nas informações desses fatos mais grosseiros e de alta imoralidade. Queria perceber alguma coisa no que diz respeito ao senso religioso de tais protagonistas do mal. Cheguei à conclusão de que entre eles não existia ninguém que fosse participante de missa, ou mais ainda, fosse alguém de reconhecer seus pecados na Confissão, e que recebesse a Eucaristia. Antes de serem marginais da convivência social, já eram marginais da fé. Com o perdão da expressão.
Mas a minha admiração não parou aí. Observei na vida dentro da sociedade, uma abundância de personagens de mau caráter. E não só do sexo masculino, como é evidente, mas com uma grande preponderância varonil. Aqui se observam campanhas vergonhosas de mentiras contra o bom nome das pessoas; lá se vê um inteligente que compra adoidado e não paga os seus débitos, (mas circula de Corolla); acolá se constata uma pessoa, vestida com os requintes da moda, mas com uma vida sexual promíscua e infiel. O povo os mima com a alcunha de “safados”, “sem-vergonhas”, “canalhas”, “velhacos” e outros nomes com os quais a língua portuguesa é muito pródiga. Cheguei a estas conclusões: podem até ser pessoas que guardaram a fé. Mas não participam da vida comunitária, nem muito menos tem paciência para suportar uma missa. Aí se verifica uma lógica interna irrefreável. Só quem procura levar a vida de um justo, ouve com prazer a lei do Senhor, e a medita dia e noite. O salmista arrisca uma explicação: “Os pecadores não ficarão de pé na reunião dos justos” (Sl 1, 5). Todos nós poderemos alcançar a santidade de vida, se adequarmos nossa vida à de Jesus, “o santo e justo” (At 3, 14). Eis o grande ideal para santos e pecadores.
Dom Aloísio Roque Oppermann scj - Arcebispo de Uberaba, MG.
Fonte: Radio Vaticano
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Encontro Nacional de Jovens 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Quaresma de São Miguel
Todos os dias da quaresma de São Miguel:
Oração Inicial:
Sacratíssimo Coração de Jesus! Tende Piedade de nós.
Oração Inicial
Sacratíssimo Coração de Jesus! Tende Piedade de nós.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Primeiro Passo: Noivado
terça-feira, 13 de julho de 2010
Etiópia: Renovação Carismática ajuda a manter jovens na Igreja Católica
O bispo Dom Lesane-Christos Matheos, auxiliar de Addis Abeba, disse à AIS que o movimento de renovação carismática tem crescido em popularidade entre os jovens católicos, especialmente na capital etíope.
O estilo de adoração pentecostal atrai cada vez mais jovens no país, ferquentemente insatisfeitos com a liturgia tradicional em voga na Etiópia há mais de 1.500 anos.
Por essa razão, tem-se registrado uma queda notável no número de jovens que frequentam a Igreja ortodoxa etíope – atualmente a maior denominação do país – que tem resistido a abraçar o movimento carismático.
Os católicos da Etiópia, cerca de 800 mil, buscam alcançar os jovens carismáticos com uma série de novas iniciativas.
Dom Lesane-Christos elogiou a AIS por seu apoio aos programas voltados para os jovens da arquidiocese de Addis Abeba, visando a reforçar a comunhão da prática carismática com os ensinamentos católicos tradicionais, incluindo a devoção mariana e a ênfase na Eucaristia e na Confissão.
Com o apoio da AIS, a Igreja local implementará um programa de formação de líderes para a Renovação Carismática, dando aos grupos uma melhor compreensão dos ensinamentos católicos.
Para o prelado, alguns grupos na Igreja católica não receberam uma formação adequada no que se refere aos fundamentos do magistério católico, visto que ainda poucos presbíteros estão envolvidos com o movimento de renovação carismática.
Como parte do projeto pastoral quinquenal da diocese de Addis Abeba, serão enviados líderes leigos a Uganda e à Índia para que possa entrar em contato com o “autêntico movimento carismático”, ensinando-os a atentar para alguns “elementos de uma espiritualidade não sadia” que eventualmente possam existir no movimento.
Um dos problemas é o “excesso de emocionalismo”: “a emoção não é algo negativo, Deus se comunica através das emoções, mas não desejamos apenas emoções, é preciso também envolver a mente”.
“Alguns chegam a pensar que somente os carismáticos serão salvos – um modo de pensar extremo”, acrescentou.
“O movimento não deve se tornar um gueto; deve ser inclusivo”, concluiu.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Church on the Ball
“Somos aproximadamente 10% da população total, que soma 15 milhões de pessoas. Creio que a Igreja foi crescendo paulatinamente, temos ao redor de 29 dioceses”. -Arcebispo Buti Joseph Tlhangale, o.m.i Johannesburg.
“Hoje, a maioria da Igreja, provavelmente 70% dela, está em zonas rurais e muito do trabalho da Igreja se encontra em lugares onde ninguém vai. E temos aproximadamente 30% nas zonas urbanas implicada em universidades, hospitais, clínicas, escolas e contamos com 1.200 paróquias em toda a África do Sul”. - Pe. Chris Townsend, Oficial de Informação SACBC
“Com muita freqüência as habilidades de conter a pressão social não estão presentes e esta é a tarefa principal do trabalho da Igreja. Muito de nosso trabalho se centra também no trabalho com migrantes e refugiados e nos recorda que temos um assunto importante no sul da África, em termos de procedência das pessoas; ¿por que vêm e o que podemos fazer como Igreja? Porque, com freqüência, a comunidade local tem a melhor resposta, porém também é o lugar mais perigoso em termos de xenofobia e estamos muito preocupados a respeito. Trabalhamos muito duro para fazer painéis de construção de paz para tentar e mostrar ao mundo e a nossas comunidades especialmente, que podemos trabalhar, aprender e estar juntos”. - P. Chris Townsend, Oficial de Informação SACBC
“Viveremos a vida não somente como cristãos, pois sabemos que somos irmãos, sejamos brancos, negros ou índios, somos um”. Pe. Thaddeus Chukwuma Oranusi, Somerset Occidental
“Existem oportunidades na África do Sul que talvez não existam em outras partes do mundo. Estamos formando uma nova sociedade, estamos buscando novas formas de fazer as coisas”. - Joan Armstrong, Diretor do centro para o desenvolvimento pastoral, arcebispado de Cidade do Cabo
“Creio que uma das coisas pelas quais somos muito conhecidos é que nossa Conferencia Episcopal é muito unida e nos deu a força de incidir, se posso citar esse exemplo em termos da contribuição que tivemos durante a luta contra a segregação racial e em prol da democracia que temos hoje”. - Cardeal Wilfrid Fox Napier o.f.m – Durban
“Tentamos e impulsionamos o governo sobre porque existem leis em vigor, mesmo que não nos dêem muita atenção ao nosso pedido. Não sentimos que a campanha organizada pela organização foi suficientemente apoiada pela mão dura do governo contra pessoas que traficam mulheres e crianças”. Arcebispo Buti Joseph Tlhagale, o.m.i, Johannesburg
“O deporte pode realmente levantar o espírito das pessoas e esta Copa será este fato de resgate para aquelas pessoas que atravessam momentos difíceis, e talvez, um pouco negativos em relação à situação política do país. Assim creio que tudo será colocado de lado e será um evento de elevação do espírito para os sul-africanos e poderia mudar, realmente, a mente dos líderes e políticos também”. - Grant Whittaker, Voluntária da FIFA
08/07/2010
Fonte: H2O News
http://www.sacbc.org.za/
http://vimeo.com/12043857
https://download.yousendit.com/dXFWSXQrZDVHa094dnc9PQ
domingo, 11 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Wesley Sneijder se converteu ao catolicismo pouco antes da Copa
Fonte: www.comshalom.org.br
quinta-feira, 8 de julho de 2010
A caminho da Unidade
Greco-católicos e ortodoxos compartilham paróquia na Romênia
No domingo passado, 4 de julho, foi celebrada na igreja paroquial de Bocşa, na Romênia, a primeira Missa Greco-católica em 62 anos, em um clima "festivo e emocionante", segundo divulgou a agência católica romena Catholica.ro.A particularidade desta paróquia reside no fato de que, em virtude de um acordo firmado entre a Igreja Greco-Católica e a Igreja Ortodoxa, seu uso será compartilhado pelas duas comunidades.
O caso da paróquia de Bocşa tornou-se exemplo de resolução de conflitos entre católicos e ortodoxos - com frequência devidos a questões patrimoniais em países da antiga Cortina de Ferro.
A paróquia de Bocşa foi confiscada pelas autoridades comunistas em 1948 e cedida à Igreja Ortodoxa após a abolição forçada da Igreja Greco-Católica. Esta sobreviveu na clandestinidade e, com sua legalização, a hierarquia foi restabelecida em 1990 pelo Papa João Paulo II.
Desde então, a comunidade greco-católica luta na justiça pela restituição dos templos confiscados - quase 2.600 propriedades -, enquanto os ortodoxos pedem que seja levado em consideração o número de fiéis das comunidades, visto que a população greco-católica diminuiu sensivelmente ao longo das últimas décadas.
No caso concreto de Bocşa, há anos a comunidade greco-católica vinha pedindo aos ortodoxos a restituição da paróquia. O caso foi levado aos tribunais, que concederam ganho de causa à Igreja Greco-Católica em julho de 2010, determinando a restituição da igreja.
Entretanto, os greco-católicos ofereceram um acordo aos ortodoxos, pelo qual propunham compartilhar o uso do templo em horários diferentes; o acordo foi aceito pelos ortodoxos.
O decano da Igreja Greco-Católica de Zalău, Pe. Valer, lamentou que tenha sido necessário ir à justiça para conseguir um acordo, mas insistiu na necessidade do perdão para "curar as feridas": "Bem-aventurados os portadores da paz, porque serão chamados filhos de Deus".
"Acreditamos que esta solução - realista, pragmática e conforme o espírito do Evangelho do Senhor - possa resolver outros casos semelhantes. Na mesma igreja há espaço para ambos", concluiu.
Por Inma Álvarez
Zenti.org
07/07/10
Crônicas romanas: “A Papisa”, história de um papa que jamais existiu
Por Elizabeth Lev
Zenit.org
07/07/10
segunda-feira, 21 de junho de 2010
O que Ratzinger fez perante as denúncias
Mal-entendidos sobre Bento XVI e a crise dos abusos sexuais
Um exemplo recente é a notícia da capa da revista Time de 7 de junho. Sobre uma foto do Papa com a cabeça virada, o título era: “Por que ser Papa significa nunca dizer perdão”. Uma rápida olhada à seção do website do Vaticano dedicada aos abusos sexuais revela, pelo contrário, que em repetidas ocasiões Bento XVI expressou seu pesar pelos abusos de crianças e adolescentes. De fato, o parágrafo 6 da carta do Papa aos católicos da Irlanda de 19 de março diz [às vítimas de abusos e suas famílias]: "Sofrestes tremendamente e por isto sinto profundo desgosto".
Para ajudar a esclarecer esses temas, Gregory Erlandson e Matthew Bunson acabaram de publicar um livro chamado: Pope Benedict XVI and the Sexual Abuse Crisis (O Papa Bento XVI e a Crise dos Abusos Sexuais) (Our Sunday Visitor). Os autores sabem bastante sobre o tema. Erlandson é o presidente e editor de Our Sunday Visitor Publishing Company e Bunson é o redator chefe do Catholic Almanac e também da revista Catholic Answers.
Começam por destacar que uma das lições dos escândalos de abusos sexuais é não ter medo da verdade. “Temos de enfrentar os fatos, mas também devemos examinar com equilíbrio e honestidade”, observa o prólogo.
As questões sobre o modo de atuar de Bento XVI surgiram com a publicação de reportagens sobre como foi tratado um sacerdote quando o futuro Papa era arcebispo de Munique. Houve outras acusações, sobre as decisões tomadas quando era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre os casos de abusos nos Estados Unidos. Os media acusaram o pontífice de negligência, encobrimento e falta de preocupação com as vítimas dos abusos.
Bento XVI difamado
Os autores do livro colocaram estas afirmações como falsas, mas admitem que para a maior parte do público seria difícil chegar a pontos de vista que alcancem uma compreensão mais correta da situação. O resultado é que Bento XVI foi difamado, e também foi pouco abordada a atuação da Igreja Católica nos Estados Unidos. Durante os últimos anos a adoção de novas normas e procedimentos levou a drásticas mudanças na área dos abusos sexuais, esclarece o livro. Ainda assim, a maior parte da cobertura dos media apresenta a situação como se estas mudanças nunca tivessem ocorrido.
Em relação ao papel do pontífice quando presidia a Congregação para a Doutrina da Fé, os autores apresentam dois pontos importantes. Primeiro: antes de 2001, a responsabilidade de tratar os casos de abusos sexuais estava dividida entre várias secretarias vaticanas, e não foi até a publicação da carta apostólica de 18 de maio daquele ano que todos aqueles sacerdotes acusados de abuso fossem atribuídos à Congregação para a Doutrina da Fé. O então cardeal Joseph Ratzinger assumiu o controle destes casos, imprimiu uma mudança de atitude e teve uma maior noção da gravidade da situação e da necessidade de atuação muito mais dedicada.
Isso levou às palavras que escreveu para as meditações das Estações da Via Crucis da Sexta-Feira Santa de 2005, pouco antes da morte de João Paulo II. Na nona estação, clamava: “Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele!”.
Uma vez que a Congregação para a Doutrina da Fé se encarregou de tratar os casos de sacerdotes que tinham cometido abusos sexuais, ele atuou rapidamente para resolvê-los. Isso foi explicado em uma entrevista concedida por Dom Charles J. Scicluna ao jornal católico italiano Avvenire, em fevereiro deste ano. Cerca de 60% dos casos não chegaram ao devido julgamento por motivo da idade avançada dos acusados, mas foram submetidos a uma atuação disciplinar e afastados de qualquer ministério público. Em geral, em um grande número de casos foi permitido aos bispos locais que tomassem medidas disciplinares imediatas, de forma que não atrasassem o processo de andamento destas medidas antes de acontecer os julgamentos.
Algumas das reportagens dos meios de comunicação criticaram a lentidão ou falta de atuação de Roma ao tratar os sacerdotes culpados de abusos. Mas os autores do livro citam várias fontes que demonstram que os atrasos foram em grande parte de responsabilidade dos bispos locais norte-americanos, não de qualquer negligência do cardeal Ratzinger ou dos encarregados em seu departamento de tratar destes assuntos.
De fato, os autores do livro destacam que um dos fatores que agravou os problemas de abusos sexuais foi a falta de aplicação, por parte dos bispos, das leis e normas da Igreja sobre como deveriam se tratar estes casos. Não obstante, não se tratou só de uma falha dos bispos. Quando muitos destes abusos aconteceram, em ocasiões há várias décadas, os psiquiatras e outros membros da sociedade daquela época não compreenderam a intensidade do mal que estava por trás de tais atos.
Ainda que se obteve muito progresso, Erlandson e Bunson também levantaram algumas sugestões sobre medidas adicionais que possam ser adotadas pela Igreja. Primeiro, é necessário que continue de forma clara a assunção de responsabilidades que estabeleceu Bento XVI, e os infratores devem responder por seus atos. Segundo, o Vaticano deveria considerar a publicação de algumas normas mundiais, tanto para garantir que se informem as autoridades civis dos casos de abuso sexual como também para garantir que exista uma consistência ao lidar com casos de abusos. Terceiro, deve ser levada adiante a renovação espiritual do sacerdócio e da vida religiosa.
Papel decisivo
Erlandson e Bunsen concluem seu estudo afirmando que a crise dos absuso sexuais do clero, muito provavelmente defina o pontificado de Bento XVI. Isso não se deverá tanto à quantidade dos escândalos revelados, mas sim ao papel de liderança que tomou.
Antes de ser Papa, deu andamento às atuações decisivas para que a Congregação para a Doutrina da Fé lidasse com os sacerdotes que cometeram tais abusos. Uma vez eleito Papa, encontrou-se com diversas vítimas, repreendeu os sacerdotes culpados e desafiou os bispos. Também esteve na vanguarda das reformas de procedimentos que deram como resultado que a Igreja fosse capaz de responder mais rapidamente ao tratar de abusos sexuais. O livro cita o cardeal Sean O’Malley, de Boston, que afirmou, durante uma década, que o aliado mais forte que os bispos norte-americanos tinham em Roma ao tratar dos abusos sexuais foi o então cardeal Ratzinger.
Uma vez eleito, Bento XVI escolheu como sucessor na Congergação para Doutrina da Fé um norte-americano, cardeal William J. Levada, alguém que era muito consciente do alcance dos escândalos. Em suas mensagens sobre os abusos sexuais, o pontífice falou com transparência e força. Também é consciente da necessidade de uma renovação espiritual, que expressou claramente em sua carta aos católicos irlandeses, observa o livro.
Os autores admitem que, como muitos de sua geração, o atual Papa foi no princípio lento na hora de se dar conta da gravidade, mas mudou até o ponto de “se converter no defensor histórico da reforma e da renovação da Igreja, e ele compreende o significado do problema”.
Em outras palavras, Bento XVI não é um obstáculo para enfrentar com eficiência o problema dos abusos sexuais, mas uma parte vital da solução.
Por Pe. John Flynn, L. C.
Zenit.org
Discurso de Bento XVI aos Bispos do Regional Norte 2 da CNBB
Arquidiocese de Belém do Pará (Pará)
- Prelazia de Óbidos
- Prelazia do Xingu
- Diocese de Santarém
- Prelazia de Marajó
- Prelazia de Itaituba
- Diocese de Marabá
- Diocese de Bragança do Pará
- Diocese de Castanhal
- Diocese de Abaetetuba
- Prelazia de Cametá
- Diocese de Ponta de Pedras
- Diocese de Santíssima Conceição do Araguaia
- Diocese de Macapá (Amapá)
Discurso de Bento XVI aos Bispos do Regional Norte 2 da CNBB
Amados Irmãos no Episcopado,
A vossa visita ad Limina tem lugar no clima de louvor e júbilo pascal que envolve a Igreja inteira, adornada com os fulgores da luz de Cristo Ressuscitado. Nele, a humanidade ultrapassou a morte e completou a última etapa do seu crescimento, penetrando nos Céus (cf. Ef 2, 6). Agora, Jesus pode livremente retornar sobre os seus passos e encontrar-Se como, quando e onde quiser com seus irmãos. Em seu nome, apraz-me acolher-vos, devotados pastores da Igreja de Deus peregrina no Regional Norte 2 do Brasil, com a saudação feita pelo Senhor quando se apresentou vivo aos Apóstolos e companheiros: "A paz esteja convosco" (Lc 24, 36).
A vossa presença aqui tem um sabor familiar, parecendo reproduzir o final da história dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 33-35): viestes narrar o que se passou no caminho feito com Jesus pelas vossas dioceses disseminadas na imensidão da região amazônica, com as suas paróquias e outras realidades que as compõe, bem como os movimentos e novas comunidades e as comunidades eclesiais de base em comunhão com o seu bispo (cf. Documento de Aparecida, 179). Nada poderia alegrar-me mais do que saber-vos em Cristo e com Cristo, como testemunham os relatórios diocesanos que me enviastes e que vos agradeço. Reconhecido estou, de modo particular, a Dom Jesus Maria, pelas palavras que acaba de me dirigir em vosso nome e do povo de Deus a vós confiado, sublinhando a sua fidelidade e adesão a Pedro. No regresso, assegurai-o da minha gratidão por tais sentimentos e da minha Bênção, acrescentando: "Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão" (Lc 24, 34).
Nesta aparição, palavras - se as houve - diluíram-se na surpresa de ver o Mestre redivivo, cuja presença diz tudo: Estive morto, mas agora vivo e vós vivereis por Mim (cf. Ap 1,18). E, por estar vivo e ressuscitado, Cristo pode tornar-Se "pão vivo" (Jo 6, 51) para a humanidade. Por isso sinto que o centro e a fonte permanente do ministério petrino estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e ápice da missão evangelizadora da Igreja. Podeis, assim, compreender a preocupação do Sucessor de Pedro por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje, Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados.
Uma menor atenção que, por vezes, é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério, como sucede quando, na Santa Missa, já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor. Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar – porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus – segundo "a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos" (Const. Sacrosanctum Concilium, 2). Se, na liturgia, não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda sustentada por sua presença criadora.
Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo, introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa! (cf. Redemptionis Sacramentum, 79) O mistério eucarístico é um "dom demasiado grande – escrevia o meu venerável predecessor, o Papa João Paulo II – para suportar ambiguidades e reduções", particularmente quando, "despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa" (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10). Subjacente a várias das motivações aduzidas, está uma mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade de uma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem. Esse, porém, "descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um sente-se como que preso com cadeias" (Const. Gaudium et spes, 13). A confissão de uma intervenção redentora de Deus para mudar esta situação de alienação e de pecado é vista, por quantos partilham a visão deísta, como integralista, e o mesmo juízo é feito a propósito de um sinal sacramental que torna presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, a seus olhos, seria a celebração de um sinal que corresponda a um vago sentimento de comunidade.
Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples autoafirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. "A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz" (Exort. ap. Sacramentum caritatis, 14). A Igreja vive dessa presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro.
"Fica conosco, Senhor!" (cf. Lc 24, 29): estão rezando os filhos e filhas do Brasil a caminho do XVI Congresso Eucarístico Nacional, daqui a um mês, em Brasília, que, deste modo, verá o jubileu áureo da sua fundação enriquecido com o "ouro" da eternidade presente no tempo: Jesus Eucaristia. Que Ele seja verdadeiramente o coração do Brasil, donde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos, como membros do Cristo total. Quem quiser viver, tem onde viver, tem de que viver. Aproxime-se, creia, entre a fazer parte do Corpo de Cristo e será vivificado! Hoje e aqui, tudo isso desejo à esperançosa parcela deste Corpo que é o Regional Norte 2, ao conceder a cada um de vós, extensiva a quantos convosco colaboram e a todos os fiéis cristãos, a Bênção Apostólica.